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NOVO DE NOVO
Mudança inclui uso, ambiente e imóvel
Peças podem ocupar outro cômodo da casa ou ser realocadas para o apartamento da praia ou para o sítio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para dar novo ânimo ao móvel, muitas vezes não basta mudá-lo de lugar. A criatividade
ajuda -e muito- na hora de
reinventar itens na decoração.
A arquiteta Denise Monteiro,
por exemplo, transformou uma
pequena estante da sala
em um painel de cabeceira pa-
ra seu quarto. "Antes, o móvel
era forrado com palha. Hoje,
um tecido dá a ele uma aparência diferente", explica.
Mesmo em ambientes completamente novos, o arquiteto
Antonio Ferreira Junior diz
que sempre tenta aproveitar as
peças que os clientes já têm.
"Dois sofás pequenos fazem
um grande, ou, sem os apoios,
transformam-se em uma "chaise-longue'", pontua.
Para a casa da atriz Denise
Del Vecchio, Junior apostou na
modernização de itens como as
cadeiras do escritório.
"Como meu mobiliário é das
décadas de 60 e 70, senti a necessidade de dar uma reformulada", diz a atriz. "Mudamos os
pés das cadeiras e elas já ficaram com outra cara."
De acordo com Ana Rezende
Baleotti, professora do curso de
design de interiores da Universidade Anhembi Morumbi,
sentir que o móvel não combina mais com o dono é o único
motivo válido para descartá-lo.
"Porque se você acha que
aquilo não condiz mais com o
seu momento, aí não tem mais
jeito mesmo. Mas, se o móvel só
está ficando velho, dar um acabamento diferente pode fazê-lo
ficar novo de novo", afirma.
Para a praia
Uma saída para encontrar
um novo lugar de honra para os
móveis enjeitados na decoração da casa "principal" pode ser
o sítio ou o imóvel da praia.
Para não deixar seu refúgio
de verão com cara de velho, a
empresária Marisa Góes opta
pela reforma dos itens antes de
sua "segunda vida".
"Os três sofás da sala, por
exemplo, mandei forrar com
estampas que combinassem
entre si e que tivessem relação
com o mar", aponta.
O guarda-louças da cozinha
também recebeu "roupa nova".
"Com um decapê branco, ficou
bem no estilo de praia. Sem esse recurso, teria ficado pesado
no ambiente", observa.
Baleotti observa que "respirar novos ares" muitas vezes
faz com que o móvel seja visto
de outra forma. "Há até quem,
depois de forrar o sofá velho e
mandá-lo para o sítio, veja com
outros olhos aquele móvel que,
de repente, ficou lindo", fala.
"O preconceito com peças tidas como velhas deveria ser
perdido. Se o móvel é bom, com
alguns ajustes pode durar a vida toda."
(MD)
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