São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

NOVO DE NOVO

Mudança inclui uso, ambiente e imóvel

Peças podem ocupar outro cômodo da casa ou ser realocadas para o apartamento da praia ou para o sítio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para dar novo ânimo ao móvel, muitas vezes não basta mudá-lo de lugar. A criatividade ajuda -e muito- na hora de reinventar itens na decoração.
A arquiteta Denise Monteiro, por exemplo, transformou uma pequena estante da sala em um painel de cabeceira pa- ra seu quarto. "Antes, o móvel era forrado com palha. Hoje, um tecido dá a ele uma aparência diferente", explica.
Mesmo em ambientes completamente novos, o arquiteto Antonio Ferreira Junior diz que sempre tenta aproveitar as peças que os clientes já têm.
"Dois sofás pequenos fazem um grande, ou, sem os apoios, transformam-se em uma "chaise-longue'", pontua.
Para a casa da atriz Denise Del Vecchio, Junior apostou na modernização de itens como as cadeiras do escritório.
"Como meu mobiliário é das décadas de 60 e 70, senti a necessidade de dar uma reformulada", diz a atriz. "Mudamos os pés das cadeiras e elas já ficaram com outra cara."
De acordo com Ana Rezende Baleotti, professora do curso de design de interiores da Universidade Anhembi Morumbi, sentir que o móvel não combina mais com o dono é o único motivo válido para descartá-lo.
"Porque se você acha que aquilo não condiz mais com o seu momento, aí não tem mais jeito mesmo. Mas, se o móvel só está ficando velho, dar um acabamento diferente pode fazê-lo ficar novo de novo", afirma.

Para a praia
Uma saída para encontrar um novo lugar de honra para os móveis enjeitados na decoração da casa "principal" pode ser o sítio ou o imóvel da praia.
Para não deixar seu refúgio de verão com cara de velho, a empresária Marisa Góes opta pela reforma dos itens antes de sua "segunda vida".
"Os três sofás da sala, por exemplo, mandei forrar com estampas que combinassem entre si e que tivessem relação com o mar", aponta.
O guarda-louças da cozinha também recebeu "roupa nova". "Com um decapê branco, ficou bem no estilo de praia. Sem esse recurso, teria ficado pesado no ambiente", observa.
Baleotti observa que "respirar novos ares" muitas vezes faz com que o móvel seja visto de outra forma. "Há até quem, depois de forrar o sofá velho e mandá-lo para o sítio, veja com outros olhos aquele móvel que, de repente, ficou lindo", fala.
"O preconceito com peças tidas como velhas deveria ser perdido. Se o móvel é bom, com alguns ajustes pode durar a vida toda." (MD)

Texto Anterior: Troca de revestimentos e acessórios permite reusar móveis velhos em uma nova decoração
Próximo Texto: Público: Prefeitura inaugura passarela "verde" na Eusébio Matoso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.