São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008 |
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Verão condicionado Aparelho deve ser adequado às dimensões do ambiente e passar por manutenção regularmente
MARIANA DESIMONE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Morar em um país tropical "abençoado por Deus" às vezes requer artifícios quando o calor fica infernal. Mas expulsá-lo de casa sem deixar a saúde do ambiente e a dos habitantes numa gelada requer alguns cuidados na escolha e na manutenção do ar-condicionado. "Como o cálculo da carga térmica não é simples, sugerimos que o consumidor se informe antes de comprar o aparelho", orienta Evandro Cavallieri, gerente-geral de manufatura de ar-condicionado da Consul. "Os produtos em geral vêm com uma "idéia" de dimensão de cômodo, para não se levar o equipamento errado", explica. Osvaldo Alves, engenheiro da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), lembra que uma má escolha pode "quebrar o clima" da expectativa com a compra. Entre os problemas gerados, estão aumento da conta de energia elétrica e diminuição da vida útil do produto, já que ele opera acima da capacidade. "O correto é fazer um pequeno projeto, mesmo que com a ajuda do vendedor da loja. Um cálculo bastante aproximado é de 12 mil BTUs [unidade que indica a capacidade térmica do equipamento] para cada 20 m2", exemplifica Alves. Os modelos portáteis não costumam ser suficientes para esfriar grandes ambientes. Além disso, geralmente ficam em desvantagem em relação ao barulho produzido, pois, nos de parede, o compressor fica do lado de fora do ambiente. Manutenção Mesmo com muitas opções de aparelho, inclusive as que não usam gases poluentes (leia mais no texto abaixo), há uma atitude ainda mais sustentável: fazer a manutenção regular do que já está instalado em casa. "O que constatamos é que nem sempre há a cultura da manutenção. Alguns modelos, por exemplo, têm alarme para avisar quando o filtro deve ser trocado", explica Cavallieri. Essa troca, ou a limpeza do filtro, é o procedimento mais usual e deve ser feita a cada seis meses, se o ar-condicionado é pouco usado, ou três meses, se ele funciona diariamente. Ruídos e gotejamento excessivo, por sua vez, normalmente são indícios de que a hora certa da manutenção já passou -e que talvez seja necessário trocar alguma outra peça. Troca Ou o próprio aparelho, como aconteceu com a professora Luisa Zafferri Giusti. Ela tem quatro recém-comprados na sua casa de praia. "Os velhos já faziam bastante barulho. Os novos, além de silenciosos, parecem mais potentes", relata. Cuidados com a máquina ajudam a manter o padrão de qualidade do ar respirado, fundamental contra o agravamento de doenças respiratórias. "Se os filtros estiverem sujos, ou se o ar não for renovado no ambiente, pessoas com rinite e asma ficarão incomodadas", diz Ciro Kirchenchtejn, professor de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo. Próximo Texto: Verão condicionado: Água e gás natural substituem insumo poluente Índice |
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