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VERÃO CONDICIONADO
Água e gás natural substituem insumo poluente
Aparelhos movidos à água têm preços 10% maiores que os de equipamentos tradicionais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para esfriar a pecha de "ecologicamente incorreto" do
ar-condicionado, muita gente
opta por modelos que não usam
insumos que podem ser nocivos à saúde ou ao ambiente, caso dos que funcionam à base de
água ou com gás natural.
A psicóloga Elisa Okamoto,
por exemplo, conta que escolheu seu condicionador de ar
justamente por essa razão.
"Preferi um modelo para a
minha casa que é movido à
água. Assim, não leva nenhum
desses gases prejudiciais à camada de ozônio", justifica.
Okamoto afirma ainda que
esse modelo deixa "o ar mais leve"-a umidade da água colabora para uma sensação mais
agradável no ambiente.
Esses equipamentos, de fato,
não possuem gases nocivos ao
ambiente como os compostos
de CFC (clorofluorcarbono),
que também são inflamáveis
-e eram comumente usados
nos aparelhos tradicionais.
A desvantagem é que o ar-condicionado movido à água
custa, em média, 10% mais que
o convencional.
Outro que aderiu ao modelo
à água foi Fabricio Torres, 34,
gerente administrativo.
"Coloquei um na minha sala
e é ótimo. Além de não ressecar
muito o ar, a conta [de energia
elétrica] diminuiu bastante",
aponta Torres.
"Essa economia acontece
porque a água evaporada resfria o ar", explica Paulo Gabarra, diretor-executivo da Ecobrisa, empresa que fabrica produtos com essa tecnologia.
Gás natural
Há ainda uma outra alternativa: condicionadores de ar movidos a gás natural.
"O modelo mais comum desse tipo de ar-condicionado funciona com um compressor [motor] a gás natural",
explica Alexandre Breda, gerente de vendas da Comgás
(Companhia de Gás de São Paulo).
A idéia já é praticada em alguns imóveis -mas geralmente
eles são comerciais.
"Não é viável ainda a instalação desse tipo para uso doméstico. As máquinas são muito
mais caras que as comuns, mesmo oferecendo uma economia
significativa", argumenta Alexandre Breda.
Essa conta da economia já foi
feita por algumas empresas que
utilizam essa solução em substituição aos condicionadores
de ar comuns.
O Hospital Nossa Senhora de
Lourdes é um exemplo. Lá foram instaladas, no começo do
ano, 16 máquinas desse tipo para refrigerar os ambientes.
"A economia será em torno
de 15% a 20% na conta de energia elétrica por ano", aponta
Roney Margutti, engenheiro
responsável pelo departamento de manutenção.
(MD)
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