São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008

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VERÃO CONDICIONADO

Água e gás natural substituem insumo poluente

Aparelhos movidos à água têm preços 10% maiores que os de equipamentos tradicionais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para esfriar a pecha de "ecologicamente incorreto" do ar-condicionado, muita gente opta por modelos que não usam insumos que podem ser nocivos à saúde ou ao ambiente, caso dos que funcionam à base de água ou com gás natural.
A psicóloga Elisa Okamoto, por exemplo, conta que escolheu seu condicionador de ar justamente por essa razão.
"Preferi um modelo para a minha casa que é movido à água. Assim, não leva nenhum desses gases prejudiciais à camada de ozônio", justifica.
Okamoto afirma ainda que esse modelo deixa "o ar mais leve"-a umidade da água colabora para uma sensação mais agradável no ambiente.
Esses equipamentos, de fato, não possuem gases nocivos ao ambiente como os compostos de CFC (clorofluorcarbono), que também são inflamáveis -e eram comumente usados nos aparelhos tradicionais.
A desvantagem é que o ar-condicionado movido à água custa, em média, 10% mais que o convencional.
Outro que aderiu ao modelo à água foi Fabricio Torres, 34, gerente administrativo.
"Coloquei um na minha sala e é ótimo. Além de não ressecar muito o ar, a conta [de energia elétrica] diminuiu bastante", aponta Torres.
"Essa economia acontece porque a água evaporada resfria o ar", explica Paulo Gabarra, diretor-executivo da Ecobrisa, empresa que fabrica produtos com essa tecnologia.

Gás natural
Há ainda uma outra alternativa: condicionadores de ar movidos a gás natural.
"O modelo mais comum desse tipo de ar-condicionado funciona com um compressor [motor] a gás natural", explica Alexandre Breda, gerente de vendas da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo).
A idéia já é praticada em alguns imóveis -mas geralmente eles são comerciais.
"Não é viável ainda a instalação desse tipo para uso doméstico. As máquinas são muito mais caras que as comuns, mesmo oferecendo uma economia significativa", argumenta Alexandre Breda.
Essa conta da economia já foi feita por algumas empresas que utilizam essa solução em substituição aos condicionadores de ar comuns.
O Hospital Nossa Senhora de Lourdes é um exemplo. Lá foram instaladas, no começo do ano, 16 máquinas desse tipo para refrigerar os ambientes.
"A economia será em torno de 15% a 20% na conta de energia elétrica por ano", aponta Roney Margutti, engenheiro responsável pelo departamento de manutenção. (MD)


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