DA REPORTAGEM LOCAL

A "maldição do ralo" adquire proporções mais assustadoras quando, além do mau cheiro, escapa dele alguma inundação.
"Se o esgoto da máquina de lavar ou do tanque encontra um obstáculo no tubo de queda, um sólido ou mesmo ar pressurizado, ele retornar pela saída mais baixa", explica o professor da Universidade Federal do Paraná Daniel dos Santos, 42.
O resultado será a formação de borbulhas malcheirosas ou um vazamento, e é preciso contratar uma desentupidora.
O refluxo de água suja é comum na área de serviço e, em prédios, atinge principalmente os três pavimentos inferiores, como o apartamento alugado pelo publicitário Rodrigo Capela, 31, que fica no segundo andar.
A espuma fétida que mina do ralo quando vizinhos usam tanques ou máquinas de lavar já chegou a inundar a área de serviço, molhando tênis que estavam no chão.
Capela conta que usa uma tampa que abre e fecha para barrar o mau cheiro. "Quando o vazamento aperta, coloco um pano e um balde sobre o ralo."
Refluxo em ralos de garagem, quintal e porão costuma ter origem em entupimento na linha de esgoto da rua ou em um desnível na ligação da rede com a casa ou o prédio. Nesse caso, chame a companhia de saneamento local.
Para problemas em pontos internos da tubulação, a saída é mesmo chamar um encanador.
Em cômodos fora de uso, como o banheiro de empregada, e imóveis fechados há muito tempo, como a casa de praia ou o apartamento para alugar, a evaporação da água do sifão é a principal causa do mau cheiro.
Com o uso, a água recompõe o selo hídrico que barra o odor. Se o mau cheiro não sumir, a causa pode ser um defeito no sifão ou na ventilação. (DF)


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