São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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ORIENTE

Identificar produtos da Índia, que estão na moda, é tarefa para especialista

Fato e ficção rondam peças indianas

Roberto Assunção/Folha Imagem
CONVIVÊNCIA Peças da Índia e da China compõem a sala de Mansha Daswani.

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Assim como os motoristas de táxi nova-iorquinos, na decoração nem tudo o que parece indiano vem daquele país asiático. Mas como saber se as divindades, caixinhas e bordados que invadem a sala são autênticos?
"Muitos decoradores não sabem de onde vêm as peças", argumenta Mukesh Chandra, 53, nascido em Lucknow, proprietário do restaurante Govinda e importador de objetos indianos.
Não é fácil identificar se a peça é genuína. Isso porque a diferença está na técnica de produção -como a pintura a óleo ou a feitura artesanal dos tapetes- ou na combinação de materiais -como a mistura de metais para fa- zer vasos e estatuetas.
Assim, antes de investir numa peça oriental, é recomendável sondar a opinião de um indiano ou de alguém que já tenha estado lá e conheça a cultura de perto.
Leigos podem deixar passar peças autênticas. Como todos estão acostumados com tapetes, quadros e colchas decorados com motivos típicos -como deuses, marajás, bailarinas, pavões e elefantes-, uma estampa mais moderna pode gerar desconfiança.

Criação
"A Índia também é um país globalizado, e lá existem muitas peças com motivos ocidentais", explica a comunicóloga Maria Paula Veridiana Miranda, 35, nascida em Goa. "O que conta é a técnica artesanal com que foram feitas."
"Muitos arquitetos criam estampas aqui, e os tapetes são elaborados lá na Índia", completa Clotilde de Souza, 24, gerente administrativa da Solace (importadora de tapetes indianos).
Disso tudo resultam as pistas que decifram os significados das peças e as maneiras de conciliá-las com a decoração praticada no Brasil. (BRUNA MARTINS FONTES)


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