São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2009 |
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Preços em reforma
Liquidações de materiais dão descontos de até 70%, mas é preciso checar defeitos e validades
CRISTIANE CAPUCHINHO DA REPORTAGEM LOCAL Início de ano é temporada de liquidações: chegam coleções novas e as anteriores entram em saldão. O mesmo acontece no mercado de materiais de construção, e 2009 parece acenar com boas oportunidades. O temor de crise e de redução nas vendas fez as indústrias que precisavam de dinheiro em caixa começarem a queima de estoques ainda no final do ano. Entretanto, na hora de aproveitar as ofertas, o consumidor deve estar atento para não fazer compras por impulso e acabar perdendo o prumo da obra. "Essa ansiedade vira uma armadilha", comenta a arquiteta Patrícia Martinez, que já saiu este ano à caça de oportunidades para seus projetos. Para fazer bons negócios, o primeiro cuidado é ficar de olho na validade: considere quando o material será usado e se ainda estará dentro do prazo. O período de chuvas pode atrapalhar os planos de quem quer mexer no lado de fora da casa, e itens como cimento e argamassa perderão suas características devido à umidade caso não sejam bem armazenados. "Em saldos, são comuns descontos em materiais com pequenos problemas, como manchas ou trincas", esclarece Raul Dalaneze, técnico de direitos do consumidor do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). "É obrigatório que a loja especifique qual o problema do material e dê alguma certificação sobre a troca [se houver outros defeitos além do previsto]." Quanto mais se torna importante a decoração, mais rápido mudam desenhos e produtos em voga. A cada alteração há uma queima de estoque. "Sofremos com a mudança de ano e de linha. Pisos, azulejos, gabinetes e louças mudam em função da própria moda e acabam virando produtos de ponta de estoque", diz Hiroshi Shimuta, diretor da Anamaco (associação de comerciantes de material de construção). Item de showroom Para o consumidor, pode ser a oportunidade de comprar aquela pia linda pela metade do preço ou o gabinete de mostruário com um desconto atraente. "Home centers" e lojas de decoração chegam a oferecer 70% de redução nos preços nesse período do ano. Se a peça escolhida for do showroom, Martinez aconselha pedir entrega imediata ou que a peça seja retirada do mostruário, para evitar danos posteriores à compra. Quando a aquisição é de pisos e azulejos, é importante verificar a metragem da área a ser coberta. O Procon aconselha que se compre cerca de 15% de sobra do material para não correr o risco de não encontrar o produto posteriormente. Próximo Texto: Preços em reforma: Bancos têm taxas menores a longo prazo Índice |
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