São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2009

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PREÇOS EM REFORMA

Bancos têm taxas menores a longo prazo

Parcelamento em até 11 vezes nas lojas não inclui cobrança de juros; negociar desconto à vista é boa opção

DA REPORTAGEM LOCAL

Se os preços menores dos saldões podem ser um alívio para o orçamento da reforma, uma maneira de diluir o peso do bolso é parcelar a compra.
Boa parte das grandes lojas do setor oferecem cartões -sem custos- em que se pode parcelar a compra em até 11 vezes sem juros.
"Como existe incerteza na empregabilidade, o cliente quer pagar em no máximo seis vezes", avalia o diretor da Leroy Merlin de São Caetano do Sul (SP), Paulo Cesar Ferreira.
Os problemas começam com prazos mais longos. Nesse caso, as taxas de juros ficam entre 1,62% e 3,99% ao mês.
"A taxa de 3,99% ao mês é alta. Pode valer a pena pegar empréstimo no banco e negociar descontos com a loja pelo pagamento à vista", pondera o vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, José Dutra Vieira Sobrinho.
As linhas bancárias de crédito para materiais de construção são interessantes quando se pretende alongar o tempo para saldar a dívida -as lojas limitam o financiamento a 24 pagamentos. Nos bancos, é possível encontrar juros de 0,417% mensais (veja tabela acima).
Dutra aconselha a, na hora de pesquisar orçamentos, já pedir as condições de pagamento, com descontos para quitação à vista e parcelas com juros no financiamento, para poder considerar a melhor oportunidade.
Para quem tem capital na poupança ou em fundo de investimentos de renda fixa, o economista diz compensar fazer uso desse dinheiro.
"A poupança rende apenas 0,7% ao mês. Em um fundo de investimento de renda fixa, descontado o Imposto de Renda, a rentabilidade ficará próxima de 0,8% ao mês", calcula.

À vista
A aposentada Penha Robles, 60, e sua filha, Meire Robles, 41, querem pagar à vista por revestimentos para a casa da praia.
"Estamos olhando os produtos em São Paulo para levar para o litoral", explica Penha. "Começamos a pesquisar preços, ainda não sabemos direito o que comprar e o que cabe no orçamento", completa Meire, com a caderneta na mão para achar o melhor negócio.
O caso delas se repete em boa parte das reformas: a inspiração foi a necessidade de trocar o encanamento do banheiro; como a obra terá de ser feita, decidiram trocar o piso. (CC)


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