São Paulo, domingo, 18 de agosto de 2002
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MÓVEIS Bebidas e copos devem ser expostos em peças que tenham mais de uma função Para decoradores, bar em casa é brinde ao mau gosto
FREE-LANCE PARA A FOLHA Balcão, espelho no fundo, copos pendurados na parte superior e banquetas altas. Um bar caseiro assim é capaz de provocar uma ressaca em qualquer decorador. Sinônimo de status nos anos 80, hoje esse móvel é tachado de ultrapassado e démodé. "Sou completamente contra o bar clássico, enorme e fixo na sala", conta a arquiteta Marília Brunetti de Campos Veiga, 49, lutadora declarada na "guerra" contra bares com balcão. "Ocupa muito espaço e não combina com o atual conceito da decoração." Na mesma trincheira, o decorador Sig Bergamin, 44, avisa que esse tipo de móvel tira a liberdade de os próprios convidados se servirem. "Balcão alto está fora. É sóbrio demais e acaba com a motivação para beber." Para os profissionais, a rejeição aos bares é mais do que uma simples questão de moda ou estética. Eles afirmam que hoje os móveis devem ser mais funcionais e projetados para assumir vários papéis dentro do ambiente -como uma estante que serve para guardar livros, apoiar aparelhos e exibir bebidas simultaneamente. E o bar com balcão não desempenha outra função além de dar suporte para copos e garrafas. Imóvel Outra queixa dos decoradores é a falta de mobilidade da peça. "Uma bandeja cheia de bebidas, além de ser mais charmosa e convidativa, pode ser transferida para qualquer lugar da casa", explica Bergamin, que acomodou as garrafas preferidas sobre uma imensa bandeja de prata, no armário da biblioteca de sua casa. Mais uma desvantagem dos balcões sobre os bares improvisados -em aparadores, mesas de canto e gaveteiros com rodízios, por exemplo - é a perda de espaço. Um bar tradicional ocupa, pelo menos, 4 m2. (MONICA FAVERO) Próximo Texto: Profissionais têm de recorrer à prancheta Índice |
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