São Paulo, domingo, 18 de agosto de 2002

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MÓVEIS

Como não encontram soluções prontas nas lojas, decoradores desenham as peças ou improvisam cantinhos na casa

Profissionais têm de recorrer à prancheta

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As lojas não ajudam muito os decoradores na hora de servir bebidas com elegância. Assim, alguns profissionais optam por criar os próprios móveis -que não tenham cara de bar, mas que atendam às mesmas necessidades- ou improvisar um espaço.
A arquiteta Silvana Canovas, 37, é uma especialista na primeira opção. No apartamento do empresário Permínio Moreira Neto, 53, ela desenhou um móvel que comporta, além das bebidas, copos, apetrechos de bar, aparelhos eletrônicos, CDs e outros itens.
"É de madeira, com um desenho que mudou completamente a aparência da sala. Enquanto o bar ocupa a parte superior, os aparelhos eletrônicos foram colocados num carrinho com rodízios."
O proprietário aprovou. "Garrafas e copos ficam protegidos dentro do móvel. Apenas as bebidas mais usadas ficam na bandeja", conta Moreira Neto.
O projeto da arquiteta e a execução da marcenaria Stream saíram por R$ 5.800. "Mas um móvel menor e mais simples pode custar a partir de R$ 1.100, entre projeto e execução", afirma Canovas.

Convidativo
Para que os convidados se sirvam à vontade, o bar precisa ser convidativo. Os decoradores ensinam que as bebidas devem ficar num local de fácil acesso, como no canto da sala, na divisa entre dois ambientes ou atrás do sofá, sobre um aparador.
A consultora de serviços financeiros, Sônia Crozariollo, 36, seguiu o conselho e colocou uma bandeja com as principais bebidas num local de boa circulação: na sala de estar, perto do sofá.
"Se estivesse mais distante ou em local separado, acho que meus convidados ficariam inibidos em preparar a própria bebida."
Na casa da estudante de arquitetura Marcela de Mello Pelosini, 21, as bebidas foram colocadas numa bandeja rústica de ratã, sobre um aparador de vidro e aço escovado.
"Nos finais de semana, sempre reúno os amigos. Muitas vezes, eles mesmos trazem a bebida, preparam alguma coisa e se servem." Como o aparador mede 1,80 m de comprimento, sobra espaço para decorar a peça com revistas, vasos e porta-retratos.
Por último, é preciso que o bar atenda às necessidades básicas do cliente e seja proporcional à quantidade de bebidas.
"Geralmente, adapto um móvel como bar quando o cliente tem uma grande variedade de garrafas e gosta de receber", afirma a arquiteta Esther Giobbi, 49. Mas o móvel tem de ser discreto e elegante, sem ocupar muito espaço. "Caso contrário, vai parecer uma adega", conclui a arquiteta. (MF)


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