São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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Open bar

Projetos simples, como uma bandeja de garrafas sobre um aparador, aposentam bar caseiro com cara de hotel

Marcelo Justo/Folha Imagem
Patricia Martinez adotou um estilo clean para armazenar as bebidas no living

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antes dos brindes de final de ano, é necessário planejar o canto da casa onde as bebidas vão ser colocadas para serem servidas aos convidados.
Os antigos bares domésticos, que lembram aqueles de hotel, estão de ressaca. Em seu lugar, novos projetos se integram de maneira mais sóbria ao ambiente e se adaptam a gostos e hábitos do dono da casa.
Uma bandeja com meia dúzia de garrafas e algumas taças e copos sobre um aparador ou um móvel multiuso na sala de estar já são uma boa opção, mais simples, de acordo com arquitetos e decoradores. Se a filosofia do bar é a originalidade, mesmo uma cristaleira antiga pode acomodar as garrafas.
Um estilo clean foi a escolha da arquiteta Patricia Martinez para armazenar as bebidas em um living. "Taças, acessórios, tudo fica à mão", diz.
Para o barman Derivan de Souza, do Esch Café, a primeira preocupação deve ser com a iluminação -tanto a natural como a artificial: as garrafas não devem ficar sob luz direta.
"As bebidas sofrem com a ação da luz, que pode mudar radicalmente seu gosto", adverte.
Outra dica é prestar atenção ao prazo de validade dos rótulos e às bebidas que, após abertas, devem ser consumidas logo. Segundo Souza, não adianta ter uma variedade etílica muito grande com vida útil curta.
"O uísque de oito anos nunca vai virar um de dez depois de dois anos guardado, e um vermute deve ser consumido em média em um ano", comenta.
Colecionadores precisam montar um projeto especial que leve ainda em conta a temperatura indicada para armazenamento (leia na pág. 2).
A maneira de consumir também interfere na arrumação -copos de um lado e bebidas do outro facilitam ao servir. Licor pede gelo à mão; vodca deve sair do freezer para o copo.

Com geladeira
Nesse caso, aparadores podem ser fechados para comportar mais garrafas, um frigobar e até uma adega climatizada.
A arquiteta Carol Farah fez uma mesa que funciona como aparador. Um rebaixo de 18 cm de profundidade acomoda copos ou gelo e garrafas das bebidas mais consumidas, como em bares de verdade. "O barman serve as bebidas e esconde parte das garrafas", descreve.
Farah usou limestone (pedra calcária) cinza para tampo e "saia" e acabamento de laca branca. O serviço de marcenaria saiu por cerca de R$ 4.000.
Já a arquiteta Cristina Mason Barbara optou, para o living, por um móvel de carvalho escurecido, onde adaptou um frigobar e, sobre ele, uma pia.
"Amigos e convidados podem se servir sozinhos, mas sem os copos e bebidas estarem aparentes", diz. A marcenaria ficou em torno de R$ 3.000.


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