DA REPORTAGEM LOCAL

Na cozinha da professora Silvia Campos, o fogão foi elevado ao nível da pia mais alta para evitar que sua filha, Fabiana, 4, alcançasse as panelas.
A menina inspirou várias outras adaptações na reforma. Para o quarto, Silvia e o marido compraram um baú com um furo, para que Fabiana possa respirar caso se feche lá dentro.
"Pesquisei na internet sobre acidentes infantis e descobri que o modelo com fecho tipo guilhotina também é perigoso, pode prender o dedo", conta.
Já no banheiro, Fabiana terá assento infantil e armários sob a pia, ao seu alcance.
Sobretudo para crianças e idosos, o banheiro é um dos cômodos mais perigosos da casa.
"Além de ser uma área molhada, tem elementos cortantes, como vidro, em um espaço geralmente exíguo", descreve a designer de produto Claudia Stamato, 40, professora do curso de ergonomia da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).
O piso deve ser antiderrapante. As torneiras não devem ficar muito altas em relação à cuba para a água não respingar em quem usa a pia ou no chão.
No boxe, um piso de borracha (encontrado na Mercur; www.mercur.com.br) aumenta a segurança.
Banheiras devem ter barras laterais para apoio na hora de sair da imersão. Se o modelo não tiver alças, uma barra poderá ser adaptada na parede.
Colocar o chuveiro dentro da banheira para economizar espaço é um perigo apontado pelo arquiteto e urbanista Luciano Imperatori, 37: "O risco de escorregar ao levantar a perna para sair do banho é alto". (DF)


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