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FEHAB
Praça mostra materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental; espaço urbano quer dar mais cor a ruas e calçadas
Obras buscam harmonia com o entorno
DA REDAÇÃO
Além de combinar com economia, a tecnologia se aproxima
também da ecologia. Como fazer
uma casa que cause o mínimo de
impacto ao ambiente é a proposta
da Praça da Sustentabilidade.
O espaço, construído na Fehab
com estrutura de bambu e co-
bertura de papel de arroz, vai
abrigar uma mostra de produtos
e tecnologias sustentáveis e explicar como são empregados. E também será uma prévia de um
showroom desses materiais e sis-
temas, que deve ser inaugurado
em janeiro do ano que vem.
"Vamos mostrar como funcionam os painéis fotovoltaicos, que
produzem energia a partir da luz
solar, e a turbina eólica, acionada
pelo vento", comenta o engenheiro Luiz Alexandre Mucerino, 48,
sócio da EcoPlano, organizadora
do espaço. "Também teremos sistemas que economizam água e
impermeabilizantes à base de
água", completa.
A preocupação com o impacto
que a casa terá no ambiente es-
tá crescendo aos poucos, de acordo com especialistas da área. "As
tecnologias mais difundidas são
as de economia de água e de energia", avalia Márcio Augusto Araújo, 41, consultor do Idhea (Instituto para o Desenvolvimento da
Habitação Ecológica).
Outros produtos, como tintas
e resinas à base de água e materiais feitos com matérias-primas
recicladas, estão aparecendo
aos poucos no mercado. "É difícil
encontrar porque há pouca gente
vendendo. Quanto a materiais
para alvenaria, o produto mais
difundido é o tijolo de solo-cimento", pontua Araújo.
Ainda é difícil saber se um material é ecológico, segundo a arquiteta Roberta Kronka Mülfarth,
33, pesquisadora do Nutau (Núcleo de Pesquisa em Tecnologia
da Arquitetura e Urbanismo), da
Universidade de São Paulo.
"Muitas empresas dão esse rótulo a seus produtos, mas, para
saber se são realmente sustentáveis, é preciso analisá-los da origem ao descarte", diz. "Estruturas
metálicas consomem muita energia na produção, mas têm longa
vida útil e podem ser recicladas.
Podem ser mais sustentáveis do
que trazer de longe uma madeira
que dure menos", exemplifica.
Urbanismo
Além de apresentar sistemas em
harmonia com o ambiente, a feira
quer mostrar como planejar áreas
públicas (como ruas e praças) em
consonância com a estética.
As novidades do Recorte Urbano, que congrega essas soluções,
vão desviar os olhos dos visitantes
para o piso. Asfalto colorido, concreto que imita pedras e pisos intertravados e ladrilhos hidráulicos formando desenhos em cores
revestirão ruas e calçadas da feira.
"Vamos mostrar que é possível
sair do preto-e-branco", explica a
arquiteta Maria Cecília Levy, 43,
coordenadora de projetos do Recorte Urbano. Ela acrescenta que
esses produtos também podem
ser usados nas áreas externas das
casas. "O concreto estampado é
muito bonito, mas o intertravado
é o que tem melhor manutenção."
Quanto à iluminação, uma das
atrações será a lâmpada de vapor
metálico, cuja luz é mais branca
do que a da tradicional, reproduzindo melhor as cores. "Vamos
iluminar mais as calçadas e as árvores e usar luminárias para balizar os trajetos, avisando onde
atravessar a rua, por exemplo",
conta Plínio Godoy, 39, diretor da
Luz Urbana, responsável pelo
projeto luminotécnico do espaço.
(BRUNA MARTINS FONTES)
EcoPlano: 0/xx/11/3744-6411; Idhea:
0/xx/11/6673-9904; Nutau: 0/xx/11/
3091-3209.
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