São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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ARMÁRIOS

Móvel deixa de ser apenas espaço para roupas e acessórios e recebe retoques para integrar a decoração da casa

Prático, closet abre portas para o design

ANDREA MIRAMONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Além de darem uma mão na organização do quarto, com divisórias e aramados especiais para roupas e acessórios, armários e closets agora disputam o posto de vedetes do ambiente. Para isso, ganham acabamentos, portas com aberturas especiais e adesivos para torná-los um atrativo.
Pedido sob medida num bom marceneiro, um armário de madeira não sai por menos de R$ 700 o metro quadrado. Mas é possível encontrar lojas e profissionais que façam a partir de R$ 400. Elaborado por grifes, com tecnologia e ferragens importadas para abertura de portas e gavetas, o móvel custa vai de R$ 1.200 a R$ 2.500 o metro quadrado.

Material
"Além de olhar o acabamento, investigue o material de que é feito. O MDF e o compensado são mais resistentes e custam mais que o aglomerado", ensina Vanderley John, 43, professor da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
O valor também depende de divisórias e acabamentos. "Portas com acrílico ou couro e projetos internos detalhados elevam o custo", explica Sérgio Spadari, 46, diretor comercial da Ornare.
Nessas grandes lojas, antes de fechar o negócio, o cliente passa por uma série de perguntas. O intuito é deixar o projeto personalizado, uma vez que até a altura do usuário é considerada para bolar prateleiras, gavetas e cabideiros.

Beleza
Quem quer algo moderno pode até transformar o armário em um pôster, como no trabalho feito pela loja Design Place. Escolhida a foto ou o desenho, a figura é estampada com uma película plástica sobre as portas de vidro. O serviço custa a partir de R$ 500. Já o armário completo sai por R$ 1.080 o metro quadrado.
Outra opção em lojas especializadas são os móveis com perfis estruturais, sem fundos, portas ou divisórias. Na Adresse, gaveteiros têm rodas com travas, e prateleiras e penduradores podem mudar de posição e altura. "Esse tipo de móvel pode custar menos que um armário convencional, pois usa menos material. Mas a solução é para quem tem closet e pode fechá-lo", esclarece Spadari.
A arquiteta de interiores Flora Cukierkorn Diskin optou por um closet clássico. Elaborado com acabamento de "wengue" (madeira escura), o projeto aproveita os cantos e inclui portas com espelhos, que fazem a separação do ambiente e do quarto.
Para a arquiteta Flávia Ralston, apesar da oferta de cores e materiais, o mais pedido pelos clientes ainda é o acabamento branco, sóbrio, ou com acrílico e vidro neutros, com puxadores discretos. "Quem quer arriscar pode seguir as tendências de Milão, que dita os tons terrosos", conta.

Abre-te, Sésamo
Para colaborar com quem dispõe de mínimo espaço, a indústria mobiliária pensou em vários tipos de abertura de portas. Na Bontempo, é possível encomendar o modelo "free-open", que corre para cima e se encaixa na parte de trás. Um módulo de 56 cm por 2,40 m com o sistema custa certa de R$ 1.900.
A solução foi utilizada pela arquiteta Cristiane Schiavoni, 33, em um quarto cujo espaço para o armário era o mesmo em que a porta do cômodo se abria. "Com o sistema, as portas não colidem", conta a profissional.
A Florense dispõe de outro sistema de correr chamado coplanar. "Quando o armário está fechado, ele parece um painel único, sem o desnível que apresenta o sistema de correr tradicional", afirma o engenheiro Luis Feriotti, diretor da loja no Tatuapé (zona leste de São Paulo). Isso porque, em vez de as folhas correrem paralelas, elas se abrem como as portas de uma van.


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