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ARMÁRIOS
Móvel deixa de ser apenas espaço para roupas e acessórios e recebe retoques para integrar a decoração da casa
Prático, closet abre portas para o design
ANDREA MIRAMONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Além de darem uma mão na organização do quarto, com divisórias e aramados especiais para
roupas e acessórios, armários e
closets agora disputam o posto de
vedetes do ambiente. Para isso,
ganham acabamentos, portas
com aberturas especiais e adesivos para torná-los um atrativo.
Pedido sob medida num bom
marceneiro, um armário de madeira não sai por menos de R$ 700
o metro quadrado. Mas é possível
encontrar lojas e profissionais que
façam a partir de R$ 400. Elaborado por grifes, com tecnologia e
ferragens importadas para abertura de portas e gavetas, o móvel
custa vai de R$ 1.200 a R$ 2.500
o metro quadrado.
Material
"Além de olhar o acabamento,
investigue o material de que é
feito. O MDF e o compensado são
mais resistentes e custam mais
que o aglomerado", ensina Vanderley John, 43, professor da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
O valor também depende de divisórias e acabamentos. "Portas
com acrílico ou couro e projetos
internos detalhados elevam o custo", explica Sérgio Spadari, 46, diretor comercial da Ornare.
Nessas grandes lojas, antes de
fechar o negócio, o cliente passa
por uma série de perguntas. O intuito é deixar o projeto personalizado, uma vez que até a altura do
usuário é considerada para bolar
prateleiras, gavetas e cabideiros.
Beleza
Quem quer algo moderno pode
até transformar o armário em
um pôster, como no trabalho feito
pela loja Design Place. Escolhida
a foto ou o desenho, a figura é
estampada com uma película
plástica sobre as portas de vidro.
O serviço custa a partir de R$ 500.
Já o armário completo sai por
R$ 1.080 o metro quadrado.
Outra opção em lojas especializadas são os móveis com perfis
estruturais, sem fundos, portas ou
divisórias. Na Adresse, gaveteiros
têm rodas com travas, e prateleiras e penduradores podem mudar de posição e altura. "Esse tipo
de móvel pode custar menos que
um armário convencional, pois
usa menos material. Mas a solução é para quem tem closet e pode
fechá-lo", esclarece Spadari.
A arquiteta de interiores Flora
Cukierkorn Diskin optou por
um closet clássico. Elaborado
com acabamento de "wengue"
(madeira escura), o projeto aproveita os cantos e inclui portas com
espelhos, que fazem a separação
do ambiente e do quarto.
Para a arquiteta Flávia Ralston,
apesar da oferta de cores e materiais, o mais pedido pelos clientes
ainda é o acabamento branco, sóbrio, ou com acrílico e vidro neutros, com puxadores discretos.
"Quem quer arriscar pode seguir
as tendências de Milão, que dita
os tons terrosos", conta.
Abre-te, Sésamo
Para colaborar com quem dispõe de mínimo espaço, a indústria mobiliária pensou em vários
tipos de abertura de portas. Na
Bontempo, é possível encomendar o modelo "free-open", que
corre para cima e se encaixa na
parte de trás. Um módulo de
56 cm por 2,40 m com o sistema
custa certa de R$ 1.900.
A solução foi utilizada pela arquiteta Cristiane Schiavoni, 33,
em um quarto cujo espaço para o
armário era o mesmo em que a
porta do cômodo se abria. "Com
o sistema, as portas não colidem",
conta a profissional.
A Florense dispõe de outro sistema de correr chamado coplanar. "Quando o armário está fechado, ele parece um painel único, sem o desnível que apresenta o
sistema de correr tradicional",
afirma o engenheiro Luis Feriotti,
diretor da loja no Tatuapé (zona
leste de São Paulo). Isso porque,
em vez de as folhas correrem paralelas, elas se abrem como as
portas de uma van.
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