São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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ARMÁRIOS

Aglomerado é barato, porém mais sensível; MDF e compensado apresentam qualidade e resistência superiores

Tipo de madeira e divisões definem custo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na hora de fechar o negócio, há alguns itens decisivos no preço de armários e closets: acabamento, divisões internas, acessórios, ferragens e matéria-prima.
Os materiais utilizados são, basicamente, aglomerado, compensado e MDF (material composto de madeira picada, desfibrada, colada com resina e prensada). Por cima deles, é aplicado o acabamento desejado, como lâmina de madeira, adesivos ou pinturas.
"O MDF é a placa mais moderna, dá para trabalhar melhor e fazer detalhes", conta Vanderley John, professor da Poli-USP. O aglomerado (constituído de pedaços de madeira presos por resina) é o mais barato, segundo ele, mas também o mais sensível à água, difícil de ser trabalhado e também o mais suscetível ao empenamento. O compensado é feito de lâminas finíssimas coladas com as fibras da madeira entrecruzadas. Isso dá resistência e faz com que ele não empene.
Outro material é o compensado sarrafeado, cuja madeira é leve, com menos resina e que também não corre o risco de empenar.

Escondidos, mas eficientes
Apesar de não estarem à mostra, boas ferragens fazem toda a diferença no uso do armário. Um exemplo são gavetas que se abrem totalmente e têm sistema de amortecedor no fechamento.
Alguns locais especializados evoluem ainda mais no conceito e desenvolvem produtos que são à prova de batidas fortes. É o caso das gavetas da Kitchens, com tecnologia "slow motion". "O sistema de molas e corrediças absorve qualquer impacto e faz com que a gaveta se feche lentamente", conta José Bonetti, 62, gerente de desenvolvimento de produtos da marca. Uma gaveta dessas custa 25% mais do que as outras.
As sapateiras também têm ganhado destaque na preferência dos clientes. Elas podem ser instaladas horizontal ou verticalmente e são retráteis ou giratórias.
Alguns modelos são mais recomendados quando o assunto é o espaço, ou melhor, a falta dele. "Uma sapateira deslizante na horizontal aproveita mais o espaço do que a vertical com aramado. Fora isso, dependendo do aramado, o sapato pode ficar preso pelo salto", diz o arquiteto da Interclosets Hermes Barbosa Moreira.
Outro detalhe interno é a automação da iluminação, que permite o acendimento da luz do armário quando a porta é aberta. "Mas é preciso avaliar a lâmpada para não esquentar as roupas ou distorcer suas cores", afirma a arquiteta Flávia Ralston. (AM)


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