São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009 |
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Obra edifica responsabilidade social
Associações, ONGs e empresas fabricam desde tijolos artesanais até telhas de embalagens longa vida
CRISTIANE CAPUCHINHO DA REPORTAGEM LOCAL O tijolo que constrói casas também pode ser material de construção da sociedade. É nisso que acredita a Associação Lua Nova ao acolher mulheres em situação de risco social em Sorocaba (99 km a oeste da capital). Desde 2005, a ONG, que foi finalista do Prêmio Empreendedor Social 2008, produz tijolos de solo-cimento (mistura de argila e cimento). O milheiro custa R$ 450 -mais caro que o de cerâmica tradicional, que sai por R$ 190 na Telhanorte, mas com custos menores de argamassa e revestimento. "O dinheiro da venda ajuda a financiar a construção de casas para elas", afirma a coordenadora Maysa Camargo. As mulheres, capacitadas, ganham espaço no mercado de trabalho. O investimento de grupos, comunidades ou empresas com projetos de responsabilidade social em itens de construção não para nesse exemplo. Pastilhas de vidro, blocos de concreto, telhas de embalagens longa vida, produtos de madeira e cubas de cerâmica fazem parte das iniciativas (veja nas fichas). Certificação Quem deseja adquirir um produto que seja "responsável" precisa estar atento a alguns indicadores na hora da compra do item. Para alguns materiais, há certificações do processo produtivo. Caso do certificado da FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal), que assegura a origem legal de madeiras e certifica as relações trabalhistas de sua produção. No caso dos que não possuem certificação, "é importante conhecer a empresa, se tem ou não trabalho escravo, se cuida do seu lixo", diz Heloísa de Mello, gerente da ONG Instituto Akatu. A preocupação com o destino do que é descartado originou o projeto Lixo Zero, dos arquitetos e ambientalistas Márcia Macul e Sérgio Prado. Em Ubatuba (litoral norte de São Paulo), eles compactam dejetos orgânicos e inorgânicos para fazer placas para pisos e telhados. Também é a reciclagem o ponto de partida para telhas e paredes de embalagens longa vida. Helena Viscomi, do escritório A+ Sustentabilidade, usou o material em paredes da Casa Cor 2009, que funciona até 14 de julho. Próximo Texto: Lojas customizam produtos Índice |
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