São Paulo, domingo, 22 de fevereiro de 2004

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"HOME THEATER"

Equipamentos maiores e mais sofisticados exigem uma sala com área mínima de 12 metros quadrados

Para escolher a tela, é preciso usar a trena

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Antes de partir para as polegadas e os decibéis, é preciso pensar em metros. O sistema "in a box" de "home theater", que tem só um aparelho (em geral vendido em lojas de departamentos), é indicado para áreas pequenas. Para modelos sofisticados, a sala deve ter mais de 12 m2.
Para quem não pretende comprar novos aparelhos, substituir os cabos de força e os de conexão é uma medida que impulsiona a performance. "Se forem destacáveis, com certeza permitem o "upgrade", mas só os aparelhos de primeira linha têm esse recurso", aponta Alexandre Masi, 40, gerente do Home Theater Center.
O segredo está na pureza do cobre, matéria-prima dos fios. Se produzido sem contato com o oxigênio e tiver metais nobres (ouro e prata) na composição, é de ótima qualidade. Resultado: os sons agudos saem mais cristalinos, e os graves, mais controlados. A imagem ganha definição.
A progressão da qualidade também implica na do preço, que pode variar de R$ 100 a US$ 1.500. As marcas mais conceituadas, segundo especialistas, são Van Der Hul, Monster Cable e AR.
"Se o "receiver" for muito simples, sem recursos como saída videocomponente e sem um som potente, a mudança não será grande", pondera Josias de Moraes Cordeiro Junior, 47, diretor do Josias Studio.

Imagem
A melhora com a troca de cabos só é percebida se a TV tiver boa entrada, como a videocomponente ou a "progressive scan". A primeira recebe separadamente as cores vermelho, verde e azul, e a segunda diminui a sensação de ver as linhas horizontais.
Ler o manual também ajuda. "As pessoas esquecem de ajustar as entradas e a distância entre as caixas", pontua Victor von Raimer Harbach, 41, dono da VHR Engenharia de Som e Imagem.
Os que pensam em aposentar a antiga televisão têm várias opções, como modelos de plasma, LCD (tela de cristal líquido) e projetores. Segundo os especialistas, a troca vale a pena se os aparelhos tiverem entradas videocomponente ou "progressive scan".
Quando se trata do tamanho da tela, antes de trocar a TV pelo telão, é preciso analisar o espaço do ambiente. "Não recomendo para salas menores do que 5 m x 4 m", diz Harbach. "O projetor precisa de distância mínima de 4 m."

Som
Depois do vídeo, é a vez de ajustar o áudio. Um bom começo é ter um condicionador, que filtra os ruídos que vêm da rede elétrica e protege o sistema. Exemplos de ruído são pontos luminosos piscando na tela e freqüências de som que não são ouvidas claramente, segundo Harbach.
Quem gosta de sentir o equipamento em alto e bom som conta com a opção de trocar os cabos ou as caixas por modelos mais sofisticados, desde que a potência do equipamento os acompanhe.
Nem sempre a performance sonora casa com a decoração. Os mais discretos, que não fazem questão de contemplar grandes caixas, podem embuti-las na parede. Alguns modelos, em branco, ficam quase imperceptíveis.
Essa alternativa é desaconselhada para ouvidos afinados. "Quem se importa com o som usa as convencionais", diz Rafael Barros, 56, diretor da Bogart & Mozart. (BRUNA MARTINS FONTES)


Bogart & Mozart: 0/xx/11/5563-1954; Home Theater Center: 0/xx/11/5092-5707; Josias Studio: 0/xx/11/3088-9400; VHR Engenharia de Som e Imagem: 0/xx/11/4427-7874


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