São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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Para concluir a obra no prazo, é bom acertar os ponteiros com a família

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quando as férias do bancário Osmar Silva, 32, acabaram, ele percebeu que precisava de outras. Dos 30 dias de descanso, ele passou 20 acompanhando as reformas de seu apartamento. "Foram "férias do barulho'", lamenta.
Com o planejamento financeiro na mão (R$ 7.000 em material, pagos em sete vezes, com 5% de desconto), ele contratou um profissional para tocar as obras e viajou com a mulher, Adriana Silva, 26.
Na volta, uma semana depois, ele encontrou a obra parada e resolveu passar o resto das férias pajeando a reforma. "Foi um estresse. A obra devia durar um mês e vai levar mais de dois. Eu e a minha mulher, que está grávida, fomos para a casa de uma tia."
Osmar resolveu até diminuir o tamanho da reforma para que ela termine mais rápido. "O quarto da Marina [a filha que nasce em fevereiro] vai ter de esperar", diz.
Para a arquiteta Maria Fernanda Sanches, problemas como esse acontecem porque quem pensa em reformar só planeja, quando muito, os gastos e se esquece da agenda pessoal: que tempo usará para ir atrás de um profissional ou o que fará com as crianças.

Tranquilos
"A reforma muda a vida da família inteira. Isso também tem de ser planejado", comenta a arquiteta. Para ela, não é necessário que o proprietário gaste as férias vendo de perto as obras -desde que faça um cronograma detalhado.
Para o arquiteto Paulo Sophia, 46, a família precisa dividir as responsabilidades. "Lidar com os profissionais deve ficar a cargo de quem tiver maturidade e tempo."
Para André Brito, 38, e Maria Valéria Brito, 36, fazer reforma não é mais sinônimo de problemas. Em reparos anteriores feitos na casa, eles tiveram ferramentas roubadas e atraso nas obras.
Experientes, agora eles contratam um profissional de trabalho reconhecido na vizinhança e fazem tudo para que a reforma se encaixe na rotina do casal.
Para a obra que fazem na garagem -com materiais pagos em quatro vezes sem juros no cartão de crédito-, eles bolaram uma agenda: pela manhã, ele ou ela, antes de saírem para o trabalho, orientam o pedreiro e na volta conferem o serviço. (FM)


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