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O LUXO DO LIXO
Circuito de garimpagem começa em casa
Instituições beneficentes também estão no roteiro; profissionais dão consultoria na seleção de materiais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora as lixeiras sejam a
fonte mais barata de matéria-prima para o "faça-você-mesmo", os adeptos dessa prática
têm à disposição boas redes de
material para bricolagem.
"Grandes lojas estão sendo
abertas no Brasil, e principalmente as classes média e média
alta as têm freqüentado. Esse
mercado vai se tornar
cada vez mais forte aqui, como
ele é nos Estados Unidos", avalia o professor de design de interiores Glaucus Cianciardi.
O circuito do garimpo percorre ainda pontas-de-estoque,
"mercados de pulga", eventos e
instituições beneficentes. Creches, asilos, igrejas e centros
espíritas são endereços de venda de móveis e objetos usados.
Muitas vezes a matéria-prima está escondida dentro de
casa. Um móvel velho, quando
envernizado, ganha outra cara.
A escolha do material certo é
fundamental. "O ideal é investir nos de melhor qualidade,
pois nem sempre os mais baratos dão os melhores resultados", explica o coordenador dos
cursos de arquitetura e de design de interiores da Anhembi
Morumbi, Adhemar Pala.
Iniciantes no mundo da
bricolagem podem contar com
a ajuda de profissionais. "Já
sabemos onde encontrar os
melhores preços e materiais.
Isso ajuda muito a baratear, e a
pessoa pode economizar a
mão-de-obra, fazendo ela mesma", explica Cianciardi.
Mão de tinta
Na hora de economizar para
repaginar a casa, latas de tinta
são grandes aliadas. A arquiteta
Priscila Vasques sugere pintar
uma só parede de uma cor
forte. "Dá outra cara ao ambiente. Só é preciso prestar
atenção nas cores fortes e na
funcionalidade do local: se a
pessoa usa o quarto só para
dormir, o melhor é escolher um
tom mais suave", pondera.
Uma idéia para aproveitar
a nova cor da parede é espalhar
nela fotos em preto-e-branco.
"O contraste confere um efeito
bonito. E, para mudar a cor
da foto, basta usar o compu-
tador", explica Vaques.
Para quem já é adepto do "faça-você-mesmo" ou para aqueles que têm vontade de colocar
a mão na massa, a Folha reuniu
dicas de materiais que podem
ser reutilizados ou substituídos
na hora de decorar a casa (leia
ao lado).
(BC)
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