São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Truque dos espelhos

Em paredes ou móveis, eles ampliam e iluminam ambiente pequeno; posição correta evita poluição visual

GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nem sempre é preciso quebrar as paredes e a cabeça para ampliar ou clarear um ambiente. A solução para ganhar espaço pode estar a poucos centímetros do nariz: o espelho.
Na parede, na porta do armários ou apoiado sobre um cavalete, ele multiplica a área e reflete a iluminação de fora.
A artista plástica Patrícia Golombek, 38, usou espelhos para ampliar seu ateliê. Na parede oposta à porta de entrada, colocou-os sobre cavaletes e trouxe para o interior a vista do jardim. "Escolhi os cavaletes porque tenho a opção de mudar sempre o ângulo dos espelhos."
Mas, antes de forrar a parede de espelhos, é preciso seguir algumas regras. A número um é não exagerar na quantidade. "É fácil vulgarizar", opina a arquiteta Marí Aní Oglouyan, 49.
A reflexão pode deixar o cômodo mais largo ou mais comprido. Só não pode dar a ele uma cara de "entulhado".
Para evitar esse efeito, nem sempre o espelho vai até o piso. Na sala de jantar, deve ficar na parede mais próxima à mesa -do teto à altura do tampo. "Se for até o chão, refletirá pés de mesas e de cadeiras, produzindo poluição visual", explica Rômulo Russi, 39, professor de design de interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
Se o forro é de gesso e aberto, a reflexão pode mostrar cabos ou tubos escondidos atrás do rebaixado, alerta Oglouyan.
No quarto, está em alta colocar espelhos verticais nos dois lados da cabeceira da cama. Sua extensão parte de uma altura de 30 cm a 40 cm acima do estrado da cama até o teto.
"Só não deve ser colocado em frente à cama. Segundo as regras do feng shui, atrai energias durante o sono e as dissipa com a reflexão", explica Russi.

Na porta
Em corredores, ele sugere não espalhar espelhos, e sim revestir uma das paredes desde 1,10 m de altura até o teto.
Também dá para colocá-los em portas de armários que ocupam toda a parede ou optar por um modelo menor -os venezianos, com bordas rebuscadas, estão em alta. "Modelos velhos ou quebrados podem ser reutilizados em mosaicos", conta a arquiteta Eliana Tucci Lisboa, que sugere usar cacos em tampos, lustres e luminárias.


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