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Truque dos espelhos
Em paredes ou móveis, eles ampliam e iluminam ambiente pequeno; posição correta evita poluição visual
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nem sempre é preciso quebrar as paredes e a cabeça para
ampliar ou clarear um ambiente. A solução para ganhar espaço pode estar a poucos centímetros do nariz: o espelho.
Na parede, na porta do armários ou apoiado sobre um cavalete, ele multiplica a área e reflete a iluminação de fora.
A artista plástica Patrícia Golombek, 38, usou espelhos para
ampliar seu ateliê. Na parede
oposta à porta de entrada, colocou-os sobre cavaletes e trouxe
para o interior a vista do jardim. "Escolhi os cavaletes porque tenho a opção de mudar
sempre o ângulo dos espelhos."
Mas, antes de forrar a parede
de espelhos, é preciso seguir algumas regras. A número um é
não exagerar na quantidade. "É
fácil vulgarizar", opina a arquiteta Marí Aní Oglouyan, 49.
A reflexão pode deixar o cômodo mais largo ou mais comprido. Só não pode dar a ele
uma cara de "entulhado".
Para evitar esse efeito, nem
sempre o espelho vai até o piso.
Na sala de jantar, deve ficar na
parede mais próxima à mesa
-do teto à altura do tampo. "Se
for até o chão, refletirá pés de
mesas e de cadeiras, produzindo poluição visual", explica Rômulo Russi, 39, professor de
design de interiores do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
Se o forro é de gesso e aberto,
a reflexão pode mostrar cabos
ou tubos escondidos atrás do
rebaixado, alerta Oglouyan.
No quarto, está em alta colocar espelhos verticais nos dois
lados da cabeceira da cama. Sua
extensão parte de uma altura
de 30 cm a 40 cm acima do estrado da cama até o teto.
"Só não deve ser colocado em
frente à cama. Segundo as regras do feng shui, atrai energias
durante o sono e as dissipa com
a reflexão", explica Russi.
Na porta
Em corredores, ele sugere
não espalhar espelhos, e sim revestir uma das paredes desde
1,10 m de altura até o teto.
Também dá para colocá-los
em portas de armários que ocupam toda a parede ou optar por
um modelo menor -os venezianos, com bordas rebuscadas,
estão em alta. "Modelos velhos
ou quebrados podem ser reutilizados em mosaicos", conta a
arquiteta Eliana Tucci Lisboa,
que sugere usar cacos em tampos, lustres e luminárias.
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