São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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Fuga de corrente pode resultar em incêndio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Depois do racionamento, o brasileiro passou a prestar mais atenção na conta de energia. Atitudes simples, como trocar lâmpadas incandescentes por luorescentes, não esquecê-las acesas e encurtar o tempo do banho já fazem parte do cotidiano da maioria.
Mas há também os casos em que, mesmo tomando todas essas medidas, a conta continuou na mesma. "O problema pode ser a instalação inadequada e antiga, com fuga de corrente. Além de desperdiçar energia, pode até gerar um incêndio", afirma Sandro Gazolle Miotti, da Z. Cec Engenharia.
O gasto excessivo acontece da seguinte forma: os circuitos são dimensionados com seção (espessura do cobre) ideal dos condutores para atender a uma quantidade de aparelhos. O usuário pluga mais equipamentos do que o circuito suporta. Os condutores gastam mais energia para se aquecerem. "Isso pode até derreter a camada isolante e gerar curto-circuito", completa Miotti.
Em alguns casos, a pessoa pode ter a energia da sua residência utilizada por outros, como aconteceu com o professor aposentado Humberto Orlando, 70.
Ele chamou o eletricista para olhar um problema e descobriu que o vizinho havia ligado alguns fios em sua rede. "Depois que o profissional separou os fios, minha conta baixou", diz.

Economia indolor
Há casos em que as pessoas abrem mão do conforto desnecessariamente, quando outras atitudes menos sofríveis dariam melhores resultados, afirma a professora da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) Elisabeth Marques Duarte, coordenadora do Green (Grupo de Estudos em Energia).
"O consumo depende de dois fatores: tempo e potência. O microondas gasta muito, mas, se usado para esquentar algo por dois minutos, não tem problema. Evite descongelar alimentos com ele", aconselha. O melhor é planejar-se e tirá-los do congelador bem antes.


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