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tinta fresca
Lei limita presença de chumbo em tintas imobiliárias
Consumidor deve ficar atento a tintas à base de solvente, como as époxi de tons amarelo e laranja
CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A discussão sobre os perigos
dos metais pesados não é nova,
mas só agora a restrição ao uso
de chumbo em tintas imobiliárias será regulamentada no país
-e valerá a partir de 2009.
Uma lei federal, promulgada
em agosto, limita em 0,06% a
quantidade, em peso, de chumbo em tintas imobiliárias e nas
de uso industrial e gráfico, de
eletrodomésticos e de brinquedos, entre outros produtos.
A produção será regulada a
partir de janeiro de 2009, e a
venda para o consumidor final,
a partir de julho.
No caso das tintas para casa,
o perigo se restringe aos produtos à base de solvente, como as
tintas epóxi, no espectro de
tons entre amarelo e laranja.
"O problema é no momento
da aplicação e quando a tinta
tem de ser lixada, pois o pó é aspirado pelo aplicador", explica
a professora Kai Loh Uemoto,
especialista em tintas.
Adequados
Apesar da regulamentação
tardia em relação à União Européia, a associação de classe
diz ter se auto-regularizado e
estar preparada para a norma.
"A Abrafati [Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas], de maneira gradual, fez
com que a indústria se conscientizasse e encontrasse as
adaptações necessárias", conta
Dilson Ferreira, presidente-executivo da Abrafati.
Seus associados se declaram
livres do chumbo. Na Suvinil,
marca da Basf, a adequação foi
implementada em 2007.
"A fórmula teve de ser adaptada para assegurar a mesma
qualidade das tintas e não acarretar aumento substancial no
preço", explica Wilson Carlos
de Souza, da Basf.
A questão é que os pigmentos
orgânicos que substituem os
que levam chumbo ou outros
metais pesados são mais caros.
"No caso de algumas cores
intensas, pode haver grandes
incrementos de custo", afirma
Sérgio Campeas, da Lukscolor.
Por enquanto ainda não foi
determinado o órgão responsável pela fiscalização das tintas.
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