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Por um fio
DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL
A família de eletrodomésticos não pára de crescer. Na sala de televisão, o caçula DVD
junta-se ao receptor de TV a
cabo, ao videocassete, ao televisor e até ao videogame.
Haja tomada para tanto
plugue. O engenheiro civil
Paulo Roberto dos Santos, 44,
concluiu que o índice de insatisfação com o número e a localização de tomadas disponíveis em moradias é de 25%.
Ele pesquisou instalações
elétricas e hábitos de consumo
de energia em 540 apartamentos, em dissertação de mestrado pela Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para quem acha que benjamins são a saída para a carência elétrica, um alerta: extensões podem acarretar sobrecargas que desgastam fios e cabos e causam curto-circuito.
Descompasso
O estrago vai de danos em
equipamentos a incêndios. Em
2005, o Corpo de Bombeiros
registrou 1.965 acidentes com
fogo provocados por curtos e
sobrecarga de instalações elétricas residenciais no Estado de
São Paulo, e 355 por superaquecimento de aparelhos.
Enquanto a potência dos eletrodomésticos avança na velocidade da luz, as metodologias
usadas para projetar demandas
de eletricidade pararam no
tempo, diagnostica Santos. "Há
uma década, não se previa o número de equipamentos que
usamos hoje", afirma.
Na avaliação do engenheiro
eletricista Fernando Perrone,
51, da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras), a norma da
ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas) para instalações elétricas de baixa tensão, que é adotada em moradias, está desatualizada.
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