São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

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Sem garantias, comprador deve verificar taxas e prazos no edital

DA REPORTAGEM LOCAL

A partir da batida do martelo, não há garantias sobre os itens arrematados. Essa é a principal regra e o maior risco do leilão.
Ela está nos editais, mas gera polêmica. Evandro Zuliani, diretor de atendimento do Procon-SP (órgão de defesa do consumidor), afirma que vícios que não foram explicitados no momento da compra -como um defeito no motor da geladeira- podem ser reclamados até 90 dias após a constatação.
"Tem de ler bem as condições", avisa o leiloeiro Eduardo Consentino. Todo leilão possui edital com termos específicos.
Quando é presencial, além de disponíveis no site do leiloeiro, as regras são lidas no início da venda -vão desde a combinação das taxas administrativas, que podem não existir ou ir até R$ 100, até data e horário da retirada dos itens, que é de responsabilidade do arrematante.
Além do valor do lance final e das taxas, quitados à vista no dia posterior ao leilão, o comprador paga comissão de 5% ao leiloeiro. Se houver problema com o item comprado, a leiloeira deverá ser contatada por escrito. Por ser relação de consumo, Zuliani diz que ela é responsável por defeitos ocultos.

Retirada
O leiloeiro Fabio Zukerman afirma que, após o leilão, o apartamento é lacrado. Uma equipe orienta as retiradas para evitar que a mesa de um comprador risque o piso de madeira de outro, por exemplo.
Zuliani recomenda que os arrematantes tirem fotos do produto no dia do leilão para terem provas de seu estado de conservação. Caso não esteja em conformidade na retirada, a venda poderá ser cancelada.
Móveis planejados precisam ser desmontados com cuidado. Empresas como Todeschini e Florense têm serviço de desmontagem por equipes autorizadas, mas o orçamento deve ser feito com antecedência para agendar a data de retirada.
O interessante em usar serviços autorizados é conseguir a garantia da instalação. (CC)


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