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Eletrodomésticos chegam a custar mais que novos
DA REPORTAGEM LOCAL
"Coloquei cinco lotes a
mais. Não é eletrodoméstico,
não fiquem "felizinhos" assim", brinca o leiloeiro Eduardo Consentino com um público de cerca de 80 pessoas que
estavam presentes em um
apartamento decorado cujos
móveis seriam completamente vendidos naquele sábado.
"A ideia é comprar mais barato, mas estou achando os
preços acima do aceitável", diz
a dona de casa Lucimara Visini Carlos, 40, que estava ali interessada na geladeira.
Os leiloeiros confirmam
que os eletrodomésticos são
os mais disputados -normalmente recebem maior número de lances e podem até ultrapassar o valor de um novo.
"Acontece [de pagarem
mais que o valor de mercado].
Lembro-me de uma senhora
que comprou uma máquina
de café expresso", conta Fabio
Zukerman, leiloeiro oficial.
O problema é a emoção envolvida durante o evento. Bem
treinados, os leiloeiros fazem
da situação um tipo de jogo e
estimulam a competitividade.
Se, por um lado, a empolgação torna divertido o evento,
de outro, o interessado deve
estar firme em seus limites.
No caso de leilões virtuais,
em que esse risco poderia ser
minimizado, as empresas incentivam a impulsividade restringindo o tempo de resposta
para um lance a dez segundos.
E, depois de batido o martelo,
a compra não pode ser cancelada, sob o risco de multa.
(CC)
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