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Móveis fora
Bazares, empresas e instituições compram ou recebem itens velhos
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma penteadeira aqui, um
conjunto de louças que faz bodas de ouro com o armário da
cozinha acolá. O final do ano é
uma boa chance de se desfazer
da quinquilharia que toma conta da casa e concorre com quem
quer morar confortavelmente.
Mas o que fazer com móveis
usados, eletrodomésticos, roupas e bibelôs fora de moda ou
quebrados? Para não ter de deixar todo esse material tomando
chuva na calçada, há um mercado de muitas opções -e que até
paga pelos itens.
Uma delas foi encontrada
por Isabel Haddad Delalamo,
65, aposentada. "O novo apartamento era menor e não comportava toda a mobília da casa.
Por outro lado, de velho, eu só
queria levar mesmo o meu marido", brinca.
Ela contratou os serviços de
Neide&Vera, "família vende tudo" tradicional que tem uma
lista de mais de 500 clientes de
compra de antigos.
O serviço conta com a organização de um bazar na casa do
contratante, que fica "aberta"
ao público por um dia, quando
tudo, desde roupas até talheres
e eletroeletrônicos, é vendido.
"Arrecadamos R$ 9.600",
conta Delalamo. "R$ 1.600 foram pagos como comissão." A
aposentada vendeu 90% do que
tinha -sofá, mesa, quadros,
lustres, copos- para investir
num projeto de arquitetura de
interiores no novo lar.
Segundo Vera Lúcia Palhares
Rocha, 52, da Neide&Vera, para
valer a pena, é preciso haver
coisas de valor, como miudezas, porcelanas, enfeites.
"O preço é de oportunidade
[de 25% a até 50% do valor do
novo], e o pagamento é à vista",
afirma Rocha.
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