São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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Móveis fora

Bazares, empresas e instituições compram ou recebem itens velhos

GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma penteadeira aqui, um conjunto de louças que faz bodas de ouro com o armário da cozinha acolá. O final do ano é uma boa chance de se desfazer da quinquilharia que toma conta da casa e concorre com quem quer morar confortavelmente.
Mas o que fazer com móveis usados, eletrodomésticos, roupas e bibelôs fora de moda ou quebrados? Para não ter de deixar todo esse material tomando chuva na calçada, há um mercado de muitas opções -e que até paga pelos itens.
Uma delas foi encontrada por Isabel Haddad Delalamo, 65, aposentada. "O novo apartamento era menor e não comportava toda a mobília da casa. Por outro lado, de velho, eu só queria levar mesmo o meu marido", brinca.
Ela contratou os serviços de Neide&Vera, "família vende tudo" tradicional que tem uma lista de mais de 500 clientes de compra de antigos.
O serviço conta com a organização de um bazar na casa do contratante, que fica "aberta" ao público por um dia, quando tudo, desde roupas até talheres e eletroeletrônicos, é vendido.
"Arrecadamos R$ 9.600", conta Delalamo. "R$ 1.600 foram pagos como comissão." A aposentada vendeu 90% do que tinha -sofá, mesa, quadros, lustres, copos- para investir num projeto de arquitetura de interiores no novo lar.
Segundo Vera Lúcia Palhares Rocha, 52, da Neide&Vera, para valer a pena, é preciso haver coisas de valor, como miudezas, porcelanas, enfeites.
"O preço é de oportunidade [de 25% a até 50% do valor do novo], e o pagamento é à vista", afirma Rocha.


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