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MÓVEIS FORA
Instituições beneficentes mandam buscar doações em até 48 horas
Artesão adquire mobília descartada e lhe dá cara nova
Marcelo Justo/Folha Imagem
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Márcia Tomas Luiz compra móveis antigos para restaurar; "aplico pinturas decorativas, texturas, faço pequenos reparos", diz
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Além dos especialistas em
sucata, há o outro lado da moeda: pessoas que desenvolvem
dotes manuais e adoram pegar
tudo o que encontram.
"Trabalhamos com cenografia e gostamos de coletar material descartado para fazer esculturas e luminárias", afirmam o designer Douglas Okura, 30, e o arquiteto Fernando
Nacarato, 40. A oficina deles é
na garagem e, se necessário, pagam preço simbólico por peças
como mesas e sofás velhos.
A vendedora Márcia Tomas
Luiz, 38, seguiu o exemplo e
compra móveis antigos para
restaurar. "Já fiz até corrimãos,
portas e janelas da minha casa;
nos móveis, aplico pinturas decorativas e texturas e faço pequenos reparos", conta.
Os cenógrafos e a vendedora
já chegaram a comprar material de instituições como Casa
Hope e Casas André Luiz, que
recebem donativos e os mandam buscar em até 48 horas.
"Vale tudo, não tem quantidade mínima e deve estar em
bom estado, pois o material será revendido, e o dinheiro, revertido para assistência de portadores de deficiência mental",
declara Sandra Silva, supervisora de marketing da Mercatudo Casas André Luiz.
Quem avaliar todas essas opções e ainda decidir ficar com
os móveis, pode dar cara nova à
velharia, com pinturas, pátinas,
novos revestimentos ou até
mesmo uso diferente para uma
cadeira, que vira apoio na cozinha ou criado mudo no quarto.
Se a preocupação maior é o
que fazer com eletrônicos, máquinas de cortar cabelo e de lavar roupas, cabos de telefone e
teclados encostados do computador, há empresas que compram esse tipo de sucata.
Geralmente, elas disponibilizam transporte e são responsáveis pelo desmonte dos itens,
cujas peças são encaminhadas
à reciclagem. Na Sucata Eletrônica, por exemplo, são pagos
R$ 0,20 por quilo de material
descartado, enquanto um monitor sai, em média, por R$ 1.
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