São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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MÓVEIS FORA

Instituições beneficentes mandam buscar doações em até 48 horas

Artesão adquire mobília descartada e lhe dá cara nova

Marcelo Justo/Folha Imagem
Márcia Tomas Luiz compra móveis antigos para restaurar; "aplico pinturas decorativas, texturas, faço pequenos reparos", diz

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além dos especialistas em sucata, há o outro lado da moeda: pessoas que desenvolvem dotes manuais e adoram pegar tudo o que encontram.
"Trabalhamos com cenografia e gostamos de coletar material descartado para fazer esculturas e luminárias", afirmam o designer Douglas Okura, 30, e o arquiteto Fernando Nacarato, 40. A oficina deles é na garagem e, se necessário, pagam preço simbólico por peças como mesas e sofás velhos.
A vendedora Márcia Tomas Luiz, 38, seguiu o exemplo e compra móveis antigos para restaurar. "Já fiz até corrimãos, portas e janelas da minha casa; nos móveis, aplico pinturas decorativas e texturas e faço pequenos reparos", conta.
Os cenógrafos e a vendedora já chegaram a comprar material de instituições como Casa Hope e Casas André Luiz, que recebem donativos e os mandam buscar em até 48 horas.
"Vale tudo, não tem quantidade mínima e deve estar em bom estado, pois o material será revendido, e o dinheiro, revertido para assistência de portadores de deficiência mental", declara Sandra Silva, supervisora de marketing da Mercatudo Casas André Luiz.
Quem avaliar todas essas opções e ainda decidir ficar com os móveis, pode dar cara nova à velharia, com pinturas, pátinas, novos revestimentos ou até mesmo uso diferente para uma cadeira, que vira apoio na cozinha ou criado mudo no quarto.
Se a preocupação maior é o que fazer com eletrônicos, máquinas de cortar cabelo e de lavar roupas, cabos de telefone e teclados encostados do computador, há empresas que compram esse tipo de sucata.
Geralmente, elas disponibilizam transporte e são responsáveis pelo desmonte dos itens, cujas peças são encaminhadas à reciclagem. Na Sucata Eletrônica, por exemplo, são pagos R$ 0,20 por quilo de material descartado, enquanto um monitor sai, em média, por R$ 1.


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