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Ministro quer veto à publicidade das fábricas Texto que baniu fumódromos permite divulgação institucional das empresas Alexandre Padilha diz que vai pedir à Presidência que proíba qualquer publicidade de empresas do fumo DE BRASÍLIAA principal polêmica na aprovação da medida provisória que baniu fumódromos foi o trecho que permite a "divulgação institucional" do fabricante de derivados de tabaco -desde que não fale de produtos, e sim da empresa. Ou seja, a empresa poderia promover seu nome em eventos, mas não citar o produto que comercializa. O texto não especifica onde será permitida tal divulgação. O ministro Alexandre Padilha (Saúde) disse à Folha que vai sugerir à Presidência que vete "qualquer medida que autorize publicidade, até institucional, a eventos esportivos e culturais". Segundo Paula Johns, diretora da Aliança de Controle do Tabagismo, a lei acaba permitindo que as empresas patrocinem eventos jurídicos, educacionais e festas. Para ela, fazer propaganda institucional quando o único produto vendido é o tabaco é, na prática, fazer propaganda do produto. O tema elevou os ânimos da oposição no Senado. "Trata-se de propaganda de cigarros, abrindo brecha para que se volte a fazer publicidade de cigarros, um retrocesso em política de saúde pública", disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) anteontem, durante a aprovação da matéria. O trecho que gerou polêmica foi incluído na Câmara, alterando o texto enviado por Dilma. Segundo assessoria do senador José Pimentel (PT-CE), relator do texto no Senado, ele era contra a medida. Para evitar, porém, que a medida provisória perdesse o prazo de validade na tramitação na Casa, Pimentel resolveu não mexer no ponto e recomendar seu veto. A Associação Brasileira da Indústria do Fumo afirmou que não se manifestaria. A Folha não conseguiu fazer contato com o Sindicato da Indústria do Tabaco. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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