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Propaganda atrai crianças para o fumo, diz médico

DE SÃO PAULO

Para o médico pneumologista Sérgio Ricardo Santos, integrante da comissão de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia, as ações de marketing por parte dos fabricantes de cigarro atraem crianças e adolescentes para o fumo e, por isso, deveriam continuar proibidas no país.

Segundo ele, depois do uso de cigarro por familiares, a propaganda é a forma de apresentação que mais estimula os jovens a experimentarem o fumo.

A Medida Provisória 540, aprovada anteontem pelo Senado, permite que fabricantes de cigarro patrocinem eventos institucionais para a disseminação de sua marca, e não a promoção de seus produtos. Dar nome para evento citando a marca de cigarro, como ocorria com o antigo Free Jazz, por exemplo, continua vetado.

O especialista observa, no entanto, que as marcas de cigarro não são utilizadas como marca de outros produtos e, portanto, a sua divulgação em eventos institucionais implicará, automaticamente, na propaganda do produto.

"Não podemos nos iludir e achar que a marca não remete ao produto. O objetivo de qualquer propaganda é aumentar as vendas", disse.

Para Santos, a Medida Provisória contraria a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, do qual o Brasil é signatário.

O tratado internacional prevê que os participantes implementem medidas para reduzir o tabagismo, como as advertências nos maços e a proibição da propaganda de cigarros.

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