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Jonas dos Santos Sousa (1993-2011)

O sonho de Jotinha, um volante

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Jonas dos Santos Sousa, o Jotinha, tinha convicção de que, quando fizesse 23 anos, em 2016, estaria defendendo a camisa de seu time do coração, o Sport Club Corinthians Paulista. Era essa a sua meta -e a de seu pai, João, o Jota.

Aos 18 anos, jogava nos juniores do Grêmio Esportivo Osasco. Com a camisa 5 e a braçadeira de capitão, atuava como volante, posição que escolheu por causa do ídolo, Vampeta, que chegou a conhecer pessoalmente -o ex-jogador é técnico no clube.

Natural de São Paulo, decidiu ser jogador aos seis, na época em que perdeu a mãe, como conta o pai, motorista particular. Começou a jogar bola mesmo aos 13 anos.

Segundo Jota, o sonho do filho exigia uma dedicação muito grande, inconciliável com os estudos. Por isso, o jovem parou na oitava série.

A família o descreve como um rapaz exemplar. "O único trabalho que dava era por ser namorador", conta o pai.

Entrou para o Osasco no ano passado. Disputou dois Paulistas (sub-17 e sub-20), jogos regionais e abertos. Virou capitão pela liderança e por saber lidar bem com a arbitragem, diz o clube.

Segundo o massagista da equipe, Samuel de Oliveira, que acompanha o rapaz desde que entrou no time, Jotinha tinha como principal característica a raça. "Por isso, sempre achamos que ele tinha a cara do Corinthians".

Na quarta-feira (16) de manhã, o volante se sentiu mal, foi ao hospital e depois liberado. Na quinta, porém, acordou com as mesmas dores.

Morreu na segunda, devido a uma meningite. Para o resto do time, "o ano já acabou", afirma o massagista.

coluna.obituario@uol.com.br

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