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Belas Artes perde última chance de voltar à ativa no centro de SP

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

A última barreira contra a venda ou demolição do prédio do Cine Belas Artes, no centro de São Paulo, caiu.

O Condephaat (conselho do patrimônio histórico estadual) decidiu, ontem, arquivar o estudo de tombamento do cinema e abriu, em vez disso, um estudo de registro de memória.

Com isso, chega ao fim a luta dos fãs e frequentadores do cinema, que fizeram manifestações públicas pedindo sua preservação e já tinham acionado o Conpresp (conselho municipal), sem sucesso.

O órgão considerou o tombamento do cinema juridicamente inapropriado, já que o que se pretende preservar é o seu uso, e não a arquitetura. O Condephaat teve entendimento semelhante ontem.

"O tombamento não é o instrumento adequado para preservar o uso do imóvel, para criar esse tipo de restrição", afirma Fernanda Bandeira de Mello, presidente do Condephaat.

IMÓVEL PÚBLICO

Sobre a possibilidade do tombamento do cinema como local necessário para uma prática cultural relevante, previsto no registro de bens imateriais (ferramenta que o Condephaat usa desde outubro), a presidente do conselho diz que só seria cabível em imóveis públicos.

O cinema, que funcionava desde 1943 na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação (primeiro como Cine Trianon), foi fechado em março deste ano, após uma série de manifestações.

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