Justiça mantém dez acusados presos no RN

A juíza Emanuella Fernandes, da 6ª Vara Criminal do Rio Grande do Norte, acatou pedido do Ministério Público Estadual e prorrogou a prisão temporária de dez investigados na Operação Sinal Fechado.

Os acusados foram presos na semana passada após denúncia de envolvimento em irregularidades na inspeção veicular no Estado e na exigência de registro de contratos de financiamento de veículos.

Entre os investigados está o tucano João Faustino, suplente do senador José Agripino (DEM) e ex-assessor da Casa Civil paulista no governo José Serra.

O Ministério Público justificou o pedido de prisão do tucano sob a alegação de que ele fez lobby no Senado para tentar atrasar uma votação que contrariava os interesses do grupo acusado de operar os esquemas no Estado.

Os promotores dizem ter provas de que Faustino recebia R$ 10 mil por mês dos responsáveis pelos esquemas, e que teria participação nos lucros no negócio da inspeção veicular -suspenso pela atual governadora, Rosalba Ciarlini.

Desde 2008, graças a uma portaria do governo potiguar, era obrigatório o registro em cartório de financiamentos de carros novos, em valores que iam de R$ 180 a R$ 800.