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Outro lado

'Se atrasar quero saber quem paga', afirma secretário

DE SÃO PAULO

O Metrô nega irregularidades na licitação do projeto executivo da linha 5-lilás. Diz esperar que a suspensão do lote 7 seja derrubada logo pelo TJ. Alega que, do contrário, haverá riscos ao cronograma da obra -prevista para 2015.

"Não se pode mais brincar com essa obra. Já se perdeu muito tempo", afirma Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanos.

Segundo ele, a interrupção desse trabalho só "não chegou no gargalo" porque ainda há atividades que não requerem projeto executivo, como demolição de imóveis.

"Ao final de tudo, se atrasar a obra, quero saber quem paga esse prejuízo. Não se consegue fazer linha de metrô faltando um lote no meio. Como fica quem entra nessas aventuras para tentar reverter licitações perdidas?"

Em relação ao projeto executivo, ele diz que a licitação (lançada em 2010, na gestão José Serra) seguiu um modelo do BID, assim como outras anteriores, e já recebeu aval da Justiça nos outros lotes.

"O resto do mundo está errado e ela está certa?", diz ele, sobre a juíza da 12ª Vara.

No total, 19 empresas foram habilitadas para participar em algum dos sete lotes.

O promotor Marcelo Milani avalia haver argumentos consistentes sobre irregularidades na licitação -por isso, diz, determinou a abertura de inquérito. Além dele, participam da investigação Silvio Marques, Marcelo Daneluzzi e Luiz Ambra Neto.

O presidente da Geodata no Brasil, Francisco Focaccia, diz que a empresa -que é italiana- está no país desde 1998, que seguiu as exigências da licitação e que é alvo de "ação articulada" pelas perdedoras porque seu preço é mais barato.

"Trabalhamos com projetos de metrô em 18 países. Nenhuma empresa no Brasil tem tantos túneis projetados. Nossos preços não são inexequíveis. Podemos cobrar menos pois temos alta eficiência e novas tecnologias."

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