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Décio Paiola (1931-2011) Professor doutor em odontologia ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Na fila da matrícula para a Faculdade de Odontologia da USP, Décio Paiola conheceu Maria Magda, sua futura mulher. Formaram-se em 1956. No sobrado onde o casal passou a viver na Pompeia, zona oeste da capital, o dentista montou seu consultório. A família morava em cima, Décio atendia embaixo, e Maria Magda cuidava dos filhos. Por muitos anos, trabalhou no local, até que o consultório foi para a avenida Nove de Julho. Com os filhos crescidos, incentivou a mulher a se especializar e montou para ela uma sala ao lado da sua. Doutor pela Unicamp em 1976, também deu aulas. Foi professor em São José dos Campos (Unesp), Santos (Unimes), São Paulo (Unicid) e nas faculdades de Bragança Paulista e Mogi das Cruzes. Segundo a família, Décio era tão querido pelos alunos que todo ano era eleito paraninfo. As alunas que o admiravam eram as "Paioletes". Fez mais de 180 cursos e ministrou mais de 80. Pouco tempo atrás, no Hospital Santa Helena, uma cirurgia de mandíbula que realizou num bebê foi considerada inédita. Sistemático, saía para o trabalho pontualmente às 7h30, com o molho de chaves na cintura. Preservou no consultório uma cristaleira com peças antigas e raras de odontologia, todas etiquetadas. Adorava seu sítio em São Roque (SP), onde tinha um jegue de estimação: Príncipe. Quem não podia pagar era atendido gratuitamente por ele. Trabalhou até o fim. Viúvo desde 1999, morreu no sábado, aos 80, de falência de órgãos. Teve três filhos, neto e bisneta. A missa do sétimo dia será hoje, às 12h, na igreja da Cruz Torta, em SP. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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