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Blitz em shopping acaba em confronto na avenida Paulista

Comerciantes e guardas civis metropolitanos brigaram e via ficou bloqueada por manifestantes por 40 minutos

Quatro se feriram; local foi fechado pela administração, diz Secretaria Municipal
de Segurança Urbana

DE SÃO PAULO
DO “AGORA”

Um confronto entre guardas metropolitanos e comerciantes de um shopping popular deixou quatro feridos na avenida Paulista, às 17h30 de ontem. A via chegou a ser bloqueada por 40 minutos.

Entre os feridos, um é guarda civil e três trabalham na galeria comercial.

Tudo começou quando os guardas chegaram ao Boulevard Monti Mare, na altura do número 392, para fazer uma blitz contra materiais contrabandeados e pirateados.

Eles foram impedidos de entrar por um advogado dos lojistas, que exigiu um mandado de busca e apreensão.

Os seguranças da galeria impediram a entrada dos guardas, o que deu início à briga. Funcionários do shopping atiraram pedras nos carros dos guardas civis, que reagiram com cassetetes.

"Um guarda civil me deu uma pancada na cabeça. Ele também jogou gás pimenta em mim. Depois tirou a identificação com o nome dele e mandou eu procurar os meus direitos", disse o vendedor Cristiam Myahil, 37.

Um guarda que pediu para não ser identificado disse que um colega sofreu ferimentos na cabeça e levou um chute de um lojista.

Algumas pessoas saíram do shopping da Paulista sangrando e foram socorridas por uma ambulância.

Revoltados, os funcionários bloquearam todas as faixas da avenida Paulista, sentido Consolação, por 40 minutos em resposta ao confronto. O bloqueio terminou por volta das 19h.

Cerca de 20 pessoas, entre guardas civis e comerciantes, foram prestar esclarecimentos no 78º Distrito Policial (Jardins, zona oeste).

Um funcionário do shopping foi detido sob suspeita de danificar um carro da Guarda Civil Metropolitana. Ele foi liberado sob fiança.

À Folha, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana disse que a Guarda Civil Metropolitana não precisa de mandado judicial para realizar operações como a que pretendiam fazer neste domingo na avenida Paulista.

Em nota, a Secretaria afirmou que a guarda recebeu denúncias sobre a comercialização de produtos ilegais no shopping e, ao chegar no local, "foram hostilizados por funcionários e lojistas".

A nota informou ainda que a administração do shopping "tomou a iniciativa de fechar o estabelecimento".

Segundo o último balanço divulgado pela prefeitura, de dezembro de 2010 até agora, as operações de combate ao comércio ilegal na cidade resultaram na apreensão de 36 milhões de produtos, avaliados em R$ 1,9 bilhão.

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