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Colégios dizem que aumento serve para pagar professores

Além de reajustes dos profissionais, instituições atribuem índices acima da inflação a investimentos em tecnologia

Sindicato de escolas cita ainda crescimento do preço dos aluguéis em São Paulo como motivador de reajustes

DE SÃO PAULO

Os reajustes acima da inflação nas mensalidades de 2012 se devem a um aumento no salário de professores e funcionários, a alta no valor dos aluguéis, a mudanças na grade curricular e ao investimento em tecnologia, dizem as escolas de São Paulo.
Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado, escolas que ficam em bairros mais nobres da capital tiveram nos últimos anos aumento de 500% no aluguel do imóvel.
Outro impacto grande no orçamento têm sido serviços de vigilância e manutenção -esses funcionários também tiveram aumento, diz ele.
O Porto Seguro afirma que o reajuste aconteceu porque a escola teve de aumentar o número de bolsistas para adequar-se a mudanças na lei que dá isenção de imposto para entidades filantrópicas.
Também diz que está repassando para os pais, aos poucos, o valor gasto com melhorias curriculares. Sobre a planilha não detalhada, diz que a faz como recomenda o Procon e que está disponível para esclarecimentos.
O Pioneiro afirma que o aumento de quase 30% no maternal aconteceu porque o valor da série estava muito defasado em relação ao custo. Além disso, a escola diz esperar que o reajuste de professores seja maior e que vai aumentar a carga horária.
O Vera Cruz também ressalta o dissídio dos professores e diz que só repassará o aumento para os pais em março, quando ele ocorre.
O Lourenço Castanho também afirma que o aumento se deve a previsão do dissídio.
É o mesmo argumento do Bandeirantes. O colégio afirma ainda estar investindo em tecnologias pagas em dólar.
O São Luís diz que seu aumento médio foi de 8,8%, devido ao aumento dos professores. Salários também são os motivos apontados pelo Dante, pelo Albert Sabin, Arquidiocesano e Stocker.
O Rio Branco disse que o reajuste "reflete o mínimo necessário para custear a qualidade da instituição" e que "os índices de inflação (...) não refletem a realidade do mercado, para a operação no segmento da educação."
O Batista Brasileiro afirma que os custos da escola se baseiam não apenas no IPCA.
Palmares, Maria Imaculada, Móbile, Santo Américo, Santa Maria, Objetivo e Etapa não responderam à Folha. A reportagem não conseguiu contato com o Vértice.

Colaborou EDUARDO GERAQUE

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