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PM que recusou propina diz que só fez sua obrigação

DO RIO

Há pouco mais de dez anos, o tenente Disraeli Gomes, 30, viu sua mãe chorar de preocupação quando decidiu ingressar na PM.
"Nem sempre quis ser PM, não era meu sonho. Cheguei a ir até o quinto período de enfermagem. Mas surgiu a oportunidade, ingressei e decidi ficar", disse.
O tenente -um dos quatro policiais do Batalhão de Choque que abordou o carro onde estava Nem- não escondia ontem a felicidade ao contar que sua mãe chorou de alegria, após ver o filho ganhar notoriedade ao prender o chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha.
"Não tinha noção que a prisão teria essa repercussão toda", admitiu, assustado com o assédio de repórteres.
Disraeli recusa o rótulo de herói e ressalta que fez apenas seu trabalho. Sobre a tentativa de suborno para liberar o traficante, lembra que não foi a primeira vez que passou por essa situação.
"Em 2002, me ofereceram R$ 5.000 para liberar um assaltante." Na época, ele era soldado. Atuou como praça por cinco anos, até passar na prova para oficial. Como primeiro tenente, tem salário
de pouco mais de R$ 3.000. (CIRILO JUNIOR)

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