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Polícia espera que morador ajude a achar arma e droga

Laboratório de refino de cocaína foi encontrado após denúncia anônima

Varredura na favela não tem data para acabar, diz secretário Beltrame; 1.500 homens estão envolvidos na operação

DIANA BRITO
DO RIO
ROGÉRIO PAGNAN
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

No dia seguinte ao da megaoperação de combate ao tráfico de drogas para reconquistar as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu (zona sul), a PM do Rio espera agora que a população forneça informações para que drogas e armas sejam localizadas.

A denúncia de um morador levou o Bope (Batalhão de Operações Especiais) a um local utilizado por traficantes para esconder drogas e armas. Os policiais encontraram 42 fuzis e duas bazucas com granadas.

Com a informação de uma idosa, os policiais encontraram um laboratório de refino de cocaína em uma casa abandonada -no local, foram apreendidos três galões de ácido sulfúrico, um de éter e 30kg de um pó branco que a perícia irá identificar.

Outro morador informou a existência de uma arma em um terreno vazio e a procura ocorreu com ferramentas fornecidas pela população.

A polícia divulgou que foram apreendidos até a noite de ontem 120 quilos de maconha, 60 quilos de pasta base de cocaína, 135 quilos de cocaína refinada, 135 pedras de crack, 38 comprimidos de ecstasy, 20,5 mil munições e 53 granadas, entre outras apreensões, até o fechamento desta edição.

Mas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, a todo momento chega novo carregamento com materiais encontrados pelos 1.500 homens envolvidos na "varredura".

"É uma favela complicada e a varredura não tem data para acabar", afirmou Beltrame, por meio da assessoria.

As polícias Militar e Civil ainda não relataram nenhuma apreensão de dinheiro.

"Deve ter armas escondidas na Rocinha? Tem. Deve ter droga escondida? Tem. Deve ter elementos que se encontram homiziados aqui? Tem", afirmou o comandante geral da PM do Rio, Erir Ribeiro Costa Filho.

"QUERO CUMPRIR PENA"

Apenas oito suspeitos foram presos. Um traficante que estava foragido havia 13 dias se entregou voluntariamente na tarde de ontem, após pedidos da sua mãe.

A atitude de Aroldo dos Santos, 31, que cumpria pena em regime semiaberto, por associação ao tráfico, foi aplaudida por moradores da comunidade. "Moro aqui desde criança, sou cria da comunidade. Estou me entregando porque tenho um filho pequeno e quero cumprir minha pena para ficar com a família."

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