Moradores do Butantã passam feriadão ilhados

ELTON BEZERRA
OLÍVIA FLORÊNCIA
MARCELO SOUZA ALMEIDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Por causa da chuvas, moradores de algumas ruas do Butantã, bairro da zona oeste de São Paulo, passaram o feriado prolongado ilhados em suas casas e com água na altura das canelas.
O problema não é novo. Em anos anteriores, a água subia, mas logo baixava. Dessa vez, a água que subiu cerca de 40 centímetros nas ruas Romão Gomes, Afrânio Peixoto e Alvarenga não escoou -até o fechamento desta edição, o alagamento continuava.
Um dos mais afetados, Bruno Ferrara, 29, disse que a Romão Gomes sofre com problemas de escoamento desde o início das obras da linha 4-Amarela do Metrô, há seis anos. "Estamos há três dias com água na rua".
A chuva de ontem também derrubou uma árvore na Aclimação, na região central. Uma tipuana de 20 metros de altura caiu na rua Castro Alves e atingiu três carros e a rede elétrica. Não houve vítimas. Algumas ruas do bairro estavam sem energia até o fechamento desta edição.

MAIS ALAGAMENTOS
As chuvas que atingiram a capital durante o feriado deixaram 16 pontos de alagamento na cidade, segundo os registros da prefeitura.
A situação não é crítica só no Butantã. Dois pontos de inundação nas marginais Pinheiros (ponte Eusébio Matoso) e Tietê (Ponte dos Remédios) ficaram ativos durante grande parte do dia.
O mesmo ocorreu na ligação Leste-Oeste.
O volume de água que caiu ontem e anteontem representa 40% do esperado para o mês, indicam os dados da estação automática do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), instalada em Santana, na zona norte. A chuva, apesar de volumosa, é a esperada para esta época.
As pistas molhadas eram apenas um dos problemas que afetaram o tráfego na marginal Pinheiros durante o feriado prolongado.
A abertura de uma cratera um pouco antes da ponte Eusébio Matoso (sentido Castello Branco) interditou duas faixas da pista expressa desde domingo. O reparo foi concluído na noite de ontem e o trânsito foi liberado.