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Paes assume no Rio e já prevê ano "duro" em 2009
Número de secretarias será reduzido de 26 para 22
DENISE MENCHEN
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Eduardo Paes (PMDB), 39,
assume hoje a Prefeitura do Rio
anunciando "medidas de ajuste" no Orçamento e prevendo
"um ano duro" para o carioca.
A presença de seu antecessor
e um dos responsáveis por lançá-lo na vida política, Cesar
Maia, 63, não foi confirmada na
cerimônia de posse, a partir das
10h, na Câmara Municipal,
nem na transmissão do cargo,
às 16h, no Palácio da Cidade, sede social da prefeitura.
À Folha, Maia afirmou: "A
prefeitura ainda não recebeu
os convites". Paes disse que o
antecessor chegou a sugerir
duas possibilidades de encontro para a transmissão do cargo
- um café da manhã antes da
posse na Câmara ou uma cerimônia na Cidade da Música. As
propostas não foram aceitas.
Indicado pelo governador
Sérgio Cabral Filho (PMDB)
para a disputa municipal, inicialmente à revelia do partido,
Paes torna-se prefeito com a
promessa de mudanças, de
obras e de união entre os governantes. Cabral Filho conseguiu até o apoio do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
na campanha e neste início de
governo. Lula tinha aversão a
Paes, que, quando no PSDB,
atuara na CPI dos Correios.
O novo prefeito assume com
o primeiro escalão reduzido
em relação à gestão Maia. Serão 22 secretarias, quatro a menos. Ele reduziu ainda de 18 para seis o número de subprefeitos, que foram orientados a não
disputar cargos políticos.
Representações regionais do
governo municipal, as subprefeituras estão na origem política de Paes e de alguns de seus
principais auxiliares. Esse governo terá como uma de suas
marcas iniciais a volta ao poder
municipal de um grupo de jovens políticos que começou a
trabalhar na prefeitura levados
justamente por Cesar Maia.
Paes é o expoente dessa geração. Na primeira gestão de
Maia, de 1993 a 1996, aos 23
anos, ocupou o cargo de subprefeito da Barra da Tijuca e de
Jacarepaguá, bairros importantes da zona oeste. A partir
daí, passou a disputar eleições,
quase sempre com sucesso.
Durante anos, Paes foi considerado o principal discípulo de
Maia, aquele que seria seu herdeiro político. Até que desavenças, ainda hoje não-esclarecidas, os afastaram. Na campanha, Paes atacou com dureza e
se afastou do ex-guru.
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