São Paulo, quinta-feira, 01 de janeiro de 2009

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Paes assume no Rio e já prevê ano "duro" em 2009

Número de secretarias será reduzido de 26 para 22

DENISE MENCHEN
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Eduardo Paes (PMDB), 39, assume hoje a Prefeitura do Rio anunciando "medidas de ajuste" no Orçamento e prevendo "um ano duro" para o carioca.
A presença de seu antecessor e um dos responsáveis por lançá-lo na vida política, Cesar Maia, 63, não foi confirmada na cerimônia de posse, a partir das 10h, na Câmara Municipal, nem na transmissão do cargo, às 16h, no Palácio da Cidade, sede social da prefeitura.
À Folha, Maia afirmou: "A prefeitura ainda não recebeu os convites". Paes disse que o antecessor chegou a sugerir duas possibilidades de encontro para a transmissão do cargo - um café da manhã antes da posse na Câmara ou uma cerimônia na Cidade da Música. As propostas não foram aceitas.
Indicado pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) para a disputa municipal, inicialmente à revelia do partido, Paes torna-se prefeito com a promessa de mudanças, de obras e de união entre os governantes. Cabral Filho conseguiu até o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha e neste início de governo. Lula tinha aversão a Paes, que, quando no PSDB, atuara na CPI dos Correios.
O novo prefeito assume com o primeiro escalão reduzido em relação à gestão Maia. Serão 22 secretarias, quatro a menos. Ele reduziu ainda de 18 para seis o número de subprefeitos, que foram orientados a não disputar cargos políticos.
Representações regionais do governo municipal, as subprefeituras estão na origem política de Paes e de alguns de seus principais auxiliares. Esse governo terá como uma de suas marcas iniciais a volta ao poder municipal de um grupo de jovens políticos que começou a trabalhar na prefeitura levados justamente por Cesar Maia.
Paes é o expoente dessa geração. Na primeira gestão de Maia, de 1993 a 1996, aos 23 anos, ocupou o cargo de subprefeito da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, bairros importantes da zona oeste. A partir daí, passou a disputar eleições, quase sempre com sucesso.
Durante anos, Paes foi considerado o principal discípulo de Maia, aquele que seria seu herdeiro político. Até que desavenças, ainda hoje não-esclarecidas, os afastaram. Na campanha, Paes atacou com dureza e se afastou do ex-guru.


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