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RIO
Poluição na água é a principal causa
Gigogas se proliferam em praias cariocas
TALITA FIGUEIREDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Mais de 600 toneladas de gigogas foram recolhidas das praias
do Rio desde 21 de dezembro do
ano passado. Apenas ontem, foram 50 toneladas. O alto índice de
poluição das águas do complexo
lagunar de Jacarepaguá, na zona
oeste, é a razão da intensa proliferação de gigogas, pois elas são
plantas que obtêm nutrientes de
material orgânico.
O contato físico com as gigogas
pode causar doenças de pele,
diarréia, hepatite, sinusites, otites,
entre outras.
Na semana passada, a Serla (Superintendência Estadual de Rios e
Lagoas) assumiu o trabalho de
contenção e instalou uma barreira emergencial na lagoa da Tijuca
(zona oeste). A chuva intensa da
última sexta rompeu a barreira.
O fluxo da maré levou as gigogas às praias da Barra e São Conrado (zona oeste) e Ipanema e
Leblon (zona sul). Desde sábado,
165 toneladas da planta foram recolhidas.
Até o fim da semana, técnicos
da Serla vão definir o projeto de
instalação de quatro barreiras em
diferentes pontos das lagoas, o
que deverá impedir que a mudança de maré leve as gigogas para as
praias.
As gigogas causam danos ao
ambiente e assustam banhistas
principalmente nos meses em
quem a cidade recebe mais turistas. As plantas, que são de água
doce, morrem quando entram em
contato com a água salgada, o que
causa mau cheiro.
As gigogas fazem parte do ecossistema das lagoas do complexo
de Jacarepaguá. Como lá se despeja até oito toneladas de esgoto
sem tratamento por segundo, a
planta tem nutrientes para se
multiplicar sem controle. Quando
chove, elas se desprendem e levam para as praias todo o lixo que
está acumulado nelas.
A conclusão do emissário submarino da Barra poderá amenizar
o problema, já que o esgoto passará a ser lançado em alto-mar.
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