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Em meio à greve de policiais, AL decreta "estado de perigo"
DA AGÊNCIA FOLHA
O governador interino de
Alagoas, José Wanderley Neto
(PMDB), decretou ontem "estado de perigo público iminente da segurança pública do Estado" em razão da greve dos delegados da Polícia Civil, que começa às 9h de hoje. Os agentes
já estão parados há seis meses.
O decreto autoriza o secretário da Defesa Social, Edson Sá
Rocha, a contratar serviços e
fazer aquisição de bens sem licitação. Wanderley Neto autorizou também, por meio de outro decreto, que oficiais da Polícia Militar elaborem termos
circunstanciados (documentos
com descrição sumária do crime, nome, qualificação e assinatura dos envolvidos e listagem dos objetos apreendidos).
Segundo o Judiciário alagoano, passarão a ser aceitos autos
de prisão em flagrante feitos
por PMs -atribuição hoje exclusiva de policiais civis.
A Adepol (Associação dos
Delegados de Polícia de Alagoas) deverá questionar judicialmente o decreto, que diz ser
inconstitucional.
Os agentes de nível superior
reivindicam equiparação salarial com os peritos. Os delegados pedem isonomia da remuneração com os procuradores
de Estado. As negociações não
avançaram ontem.
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