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Índices de criminalidade voltam a cair em São Paulo
Homicídios dolosos baixaram 19,48% em 2007 na comparação com o ano anterior
Houve ainda queda de 10,42% no número de roubos a veículos, que passou de 72.778, em 2006, para 65.192 no ano seguinte
DA REPORTAGEM LOCAL
Os principais índices de criminalidade no Estado de São
Paulo mantiveram tendência
de queda e quase todos os indicadores de violência de 2007
foram melhores que os do ano
anterior. Os homicídios dolosos (com intenção), por exemplo, caíram 19,48% em comparação a 2006.
Os dados do último trimestre
do ano passado foram apresentados ontem pelo governo do
Estado, que já faz projeções de
"Primeiro Mundo" para 2008
-nos casos de homicídio.
Isso seria uma taxa de um dígito para cada 100 mil habitantes -hoje são 12 casos.
"Considerando que todas as
condições se mantenham, chegaremos ao final do ano com 8,8
ou 8,9 [casos por 100 mil habitantes]", afirmou o sociólogo
Túlio Kahn, que apresentou os
números pela Secretaria da Segurança Pública.
São Paulo fechou o ano com
4.877 homicídios, contra 6.057
do período anterior. Foi o 25º
trimestre seguido de queda.
Em comparação a 1999, ano de
pico de homicídios, com 12.818
registros, a redução chega a
62%. "O que Bogotá [Colômbia] conseguiu em dez anos,
nós conseguimos em sete",
vangloriou-se Kahn.
O Estado ainda comemorou
a queda de 10,42% em roubos
de veículos: passou de 72,778
mil, em 2006, para 65,192 mil
no ano seguinte. Nessa mesma
linha, os furtos passaram de
111,021 mil no ano retrasado,
para 98,345 mil em 2007.
Já em roubos de outros objetos -de carteira a Rolex-, a notícia não foi favorável. O ano recém-terminado apresentou um
crescimento de 1,7%: foram registrados no Estado 217,201 mil
casos contra os 213,476 mil do
período anterior.
Um dos motivos apresentados por Kahn para esse quadro
favorável de 2007 foi o bom trabalho da polícia.
De acordo com os números
disponibilizados pelo governo,
a quantidade de prisões efetuadas nos 12 meses de 2007 cresceu 14%: chegou a 103,728 mil,
entre flagrantes e mandados de
prisão, contra 90,915 mil do período passado.
Para o sociólogo, o fato positivo é que esse trabalho utilizou
planejamento e inteligência, e
não foi acompanhado da letalidade da polícia.
Em 2006, ano em que o Estado sofreu ataques de uma organização criminosa e houve reação da polícia, 495 pessoas foram mortas em supostos confrontos com a PM. No ano seguinte foram 377 casos.
(ROGÉRIO PAGNAN)
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