São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TERCEIRO ATO

Maestro assume cargo diante de plateia cheia de incertezas

DA REVISTA DA FOLHA

Em 5 de março, quando o maestro levantar a batuta, uma nova fase da Osesp vai debutar. Entre músicos, críticos e amantes da música erudita, não faltam perguntas. "Mantive minha assinatura, mas com muitas dúvidas. A principal delas é se o grupo vai manter a excelência", diz a professora Maria José Ferraz do Amaral.
Entre especialistas, nenhuma aposta de declínio. "Yan Pascal Tortelier é um músico de reputação. Tenho certeza de que a orquestra vai crescer", diz o oboísta Alex Klein.
O currículo do regente francês não deixa dúvidas de que ele está apto. Tortelier foi maestro titular da Filarmônica da BBC entre 1992 e 2003. Já regeu orquestras imponentes, como a Sinfônica de Londres e a Orquestra de Paris.
O futuro da Osesp estará nas mãos e na competência de uma nova governança que ainda é uma incógnita. Principalmente, porque as funções exercidas por Neschling que acumulava também a de diretor artístico, que responde pela programação, serão exercidas por profissionais distintos.
Confirmado o nome de Tortelier como regente da Osesp, a direção artística do grupo, por hora, deve ficar nas mãos de dois conselheiros contratados.
Resta outra questão crucial: o quanto a Osesp estará disposta a pagar pela excelência de seu comando. O salário de Neschling era de R$ 100 mil. Tortelier costuma receber US$ 25 mil (R$ 57 mil) por programa. E a Fundação Osesp vai ter de bancar os consultores.
Enquanto os músicos afinam os instrumentos para a nova temporada, a Osesp tem muitas contas a fazer e a prestar. (ADRIANA KÜCHLER e GUSTAVO FIORATTI)


Texto Anterior: Segundo ato: Passado foi de autoritarismo, inovação e busca por excelência
Próximo Texto: Estradas: Oito pessoas morrem em acidentes em Minas Gerais
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.