São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007

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Após protesto, Senado adia votação da maioridade penal

Alan Marques/Folha Imagem
Estudantes usam camisetas em protesto contra a aprovação do projeto que reduz a maioridade pena


FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O debate sobre a redução da maioridade penal no Senado ontem foi marcado pela discussão entre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e estudantes, e pelo adiamento da decisão sobre o tema -foi criado um grupo de trabalho para apresentar, em 45 dias, um pacote de segurança pública.
A proposta de reduzir de 18 para 16 anos a maioridade penal é polêmica. "Não estamos tendo coragem de tomar uma decisão", disse Antonio Carlos Magalhães.
O plenário da CCJ, que votaria ontem a proposta, foi tomado por estudantes que representavam a UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e UJS (União da Juventude Socialista), além de adolescentes da Associação de Meninos e Meninas de Rua. Todos protestavam contra a redução da maioridade penal no país.
Ao tentar reprimir as manifestações, ACM foi chamado de "fascista" pelos estudantes. "Não façam palhaçada que aqui não é lugar de palhaço", disse, irritado, o presidente da CCJ quando os jovens começaram a gritar palavras de ordem dentro do plenário.
Antes da abertura da sessão, a polícia do Senado apreendeu faixas levadas pelos estudantes e ameaçou prendê-los se fizessem alguma manifestação durante a discussão da matéria.

Acordo
O acordo para postergar a decisão foi feito em reunião de líderes partidários anteontem e a proposta foi formalizada pelo presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). "Receio que ao votarmos isso hoje [ontem] percamos a oportunidade histórica para votarmos uma série de outras questões", afirmou Jereissati.


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