São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

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Fernão Dias ficará fechada por até 6 meses

Pista da rodovia no sentido São Paulo-Minas Gerais está interditada desde sexta-feira por risco em viaduto do km 77,5

Obras vão durar no mínimo dois meses, devem provocar filas e afetar feriados; rotas alternativas atrasam viagem dos motoristas

Joel Silva/Folha Imagem
Operários trabalham em trecho da rodovia Fernão Dias, perto da cidade de Mairiporã, onde a pista cedeu e teve que ser interditada

ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das principais rodovias do país, a Fernão Dias seguirá totalmente interditada no sentido São Paulo-Minas Gerais pelo período de dois a seis meses, segundo prevê a concessionária que gerencia a estrada.
A pista foi bloqueada a partir do final da tarde de sexta-feira devido a um deslocamento de terra que ameaça a estrutura de um viaduto na altura do km 77,5, em São Paulo.
Depois das análises no final de semana, a Autopista Fernão Dias considerou que a situação é grave e que a interrupção do tráfego no sentido SP-MG vai durar no mínimo até maio, afetando a viagem nos próximos feriados, como a Páscoa.
"Numa hipótese pessimista, se a estrutura ruir, vai dar seis meses de obra. Se conseguir segurar e manter a estabilidade, é obra para dois a três meses. Até lá, não vai ter passagem", afirma Omar de Castro Ribeiro Jr., diretor da concessionária.
A recomendação aos motoristas é que evitem a rodovia para sair da capital paulista em direção a Belo Horizonte. Pelo trecho interditado passam 35 mil veículos por dia nos dois sentidos -fluxo que pode dobrar em períodos de pico.
A pista da Fernão Dias na rota MG-SP segue aberta, mas uma das três faixas foi fechada devido às obras no trecho. Ou seja, os motoristas podem enfrentar lentidão.

Alternativas
A principal alternativa aos carros para fugir do bloqueio é pegar uma saída no viaduto do km 79 e seguir um desvio pela av. Coronel Sezefredo Fagundes até Mairiporã (Grande SP), na altura do km 69 da Fernão (veja mapa na pág. C3).
O trajeto não é permitido para caminhões. Ele envolve uma via estreita, cheia de curvas sinuosas, com trechos esburacados, mal sinalizados e mal iluminados. A viagem na região não é recomendada à noite. Com sorte, sem engarrafamentos, ele atrasa a viagem em, no mínimo, 15 minutos.
A Autopista Fernão Dias descarta a possibilidade de implantar, por exemplo, uma faixa reversível na pista contrária da rodovia. Ribeiro Jr. diz que a medida deixaria a estrada congestionada nos dois sentidos.
De sexta-feira para cá, os engarrafamentos devido à interdição atingiram até 6 km. Mas a situação deve piorar especialmente nos feriados -no Carnaval, eles chegaram a 20 km.
Outra opção na viagem para Minas é pegar a Dutra ou Ayrton Senna até Jacareí, acessar a rodovia Dom Pedro 1º e voltar para a Fernão Dias em Atibaia.
Ou então, atingir esse mesmo trecho da rodovia federal viajando pelo sistema Anhanguera-Bandeirantes até as proximidades de Campinas -e acessando a Dom Pedro 1º de lá.
O diretor da concessionária afirma que essas rotas devem ser priorizadas nos próximos feriados, como a Páscoa. E serão as alternativas mais viáveis para os caminhões -os que viajam pela Fernão são barrados no km 86 e voltam a SP.
Segundo Ribeiro Jr., esses caminhos para ir da capital paulista a Minas elevam em mais de 60 km a distância -os motoristas podem perder uma hora.
"Não tem condição de passar. O pessoal vai ter que se acostumar. É uma questão de risco à segurança do usuário", diz ele.


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