São Paulo, sexta-feira, 01 de abril de 2005

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Estado terá 10 novas estações de medição

DA REPORTAGEM LOCAL

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA

A Cetesb anunciou ontem a criação de dez novas estações de medição da qualidade do ar no Estado de São Paulo. As cidades que devem ganhar equipamentos para verificar a poluição são Araraquara, Araçatuba, Bauru, Botucatu, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Santos/São Vicente.
Atualmente, a medição automática fora da região metropolitana de São Paulo ocorre em Cubatão, Campinas, Paulínia, São José dos Campos e Sorocaba.
Segundo o gerente da Divisão de Qualidade do Ar da companhia, Jesuíno Romano, 56, foram levadas em conta a presença de indústrias, a frota de veículos e a população a ser exposta aos poluentes para decidir os locais em que as estações serão instaladas.
Ele não determinou o prazo para a instalação das dez unidades e disse que, eventualmente, alguma cidade pode ser substituída.
Uma das escolhidas, Ribeirão Preto tem desde o ano passado uma estação móvel que irá medir por pelo menos um ano as condições atmosféricas na cidade. Ela está instalada em um ônibus.
Já Paulínia, que tem estação fixa de medição, possui pouco mais de 50 mil habitantes e 456 empresas e loteamentos industriais licenciados, diz a Cetesb. No ano passado a agência aplicou 56 multas por poluição ambiental na cidade.
Mas Paulínia enfrenta também problemas com os altos índices de ozônio na atmosfera, como apontou relatório divulgado ontem pela agência ambiental paulista. Não são só as indústrias as responsáveis pela liberação de precursores de ozônio na atmosfera: as emissões dos veículos prejudicam o ar. A cidade fica em uma área de grande fluxo rodoviário -próxima às rodovias Anhangüera, dos Bandeirantes e Dom Pedro.
Das indústrias licenciadas na cidade, 65 são prioridade da agência ambiental. Entre as listadas há indústrias da área petroquímica, como a refinaria Replan, da Petrobras. A estatal tem, neste ano, três advertências e uma multa.
Segundo a assessoria da Cetesb em Paulínia, nenhuma empresa é multada sem antes receber uma advertência. No ano passado, houve 94 advertências na cidade.
O secretário de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente de Paulínia, Zaqueu Pereira de Souza, afirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não poderia falar com a reportagem. (AB e ERNANE GUIMARÃES NETO)


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