São Paulo, domingo, 01 de abril de 2007

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Oposição anuncia que vai radicalizar se Chinaglia não der apoio à CPI da crise

SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diante do caos aéreo, a oposição na Câmara anunciou que pretende radicalizar caso o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não se manifeste favorável à instalação da CPI para investigar a crise.
Ontem, entretanto, Chinaglia voltou a afirmar que a criação da CPI depende de decisão do Supremo Tribunal Federal e defendeu que cabe ao Executivo "tomar as medidas imediatas". "Esperar qualquer trabalho de comissão, diante da urgência, demora", disse, reconhecendo que os atrasos atrapalham a Câmara. "Do ponto de vista de resultado, está demorando para ter solução." Chinaglia afirmou ser possível criar um grupo de trabalho na Câmara, mas a oposição quer a CPI.
Líderes dos DEM (ex-PFL), PSDB, PPS e integrantes do "Grupo dos 30" disseram que pretendem apresentar um manifesto cobrando a CPI. No Senado, também há a promessa de protesto da oposição.
O deputado federal João Paulo Cunha (PT) também defendeu a instalação imediata da CPI do Apagão Aéreo. A alternativa é rejeitada pelo PT e pela base aliada do governo federal.
Para o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, "a natureza de uma CPI é o embate político e não precisamos disso neste momento". O plenário do STF só deverá decidir sobre o futuro da CPI no fim do mês ou em maio. Na sexta, o ministro Celso de Mello concedeu liminar obrigando Chinaglia a desarquivar o requerimento de criação da CPI. Porém ele determina que a criação da CPI aguarde julgamento final do Supremo.


Colaborou LILIAN CHRISTOFOLETTI , da Reportagem Local.


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