São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2008

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Mãe e avô de garota defendem pai e madrasta

DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

A mãe e o avô de Isabella Oliveira Nardoni isentaram ontem o pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, de responsabilidade pela morte da menina.
O mais enfático na defesa foi o avô materno, José Arcanjo Oliveira, o único da família a falar com os jornalistas na manhã de ontem, após o enterro no cemitério do Parque dos Pinheiros, no Jaçanã (zona norte).
"Estão querendo culpar o pai, mas ele não tem nada a ver. Era muito carinhoso com a menina. Foi uma fatalidade, um trauma na nossa vida", afirmou o avô.
Oliveira também defendeu a madrasta, Anna Carolina Trota Peixoto Jatobá, a quem classificou como uma pessoa bastante carinhosa e que sempre levava a menina para passear. "O relacionamento entre as famílias era bom", complementou.
Horas depois do enterro, em sua casa, a mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha de Oliveira, 23, se mostrou solidária com o pai da menina e descontente pela forma como os jornalistas insistiram para que ele desse sua versão. "Ele teve até que se esconder", afirmou ela.
Ainda bastante abalada, ela evitou dar entrevistas.
"A menina adorava visitar a casa do pai para brincar com seus irmãos menores", disse o tio Felipe Vicente Oliveira.

Enterro
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro da menina na manhã de ontem. Durante o cortejo, o pai e a mãe de Isabella ficaram um ao lado do outro. A mãe segurava um bicho de pelúcia azul que, segundo amigos, era o preferido da filha.
A Folha tentou ontem contato com o pai e a madrasta de Isabella. No prédio onde moram, a informação era que eles não estavam. Eles também não atenderam o telefone.
A reportagem também tentou contato com o advogado do casal, Ricardo Martins de São José Júnior, 29, mas ele não foi localizado nem respondeu aos recados deixados no seu telefone celular.
(KT, LK e RP)


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