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Mãe e avô de garota defendem pai e madrasta
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
A mãe e o avô de Isabella Oliveira Nardoni isentaram ontem o pai da criança, Alexandre
Alves Nardoni, de responsabilidade pela morte da menina.
O mais enfático na defesa foi
o avô materno, José Arcanjo
Oliveira, o único da família a falar com os jornalistas na manhã
de ontem, após o enterro no cemitério do Parque dos Pinheiros, no Jaçanã (zona norte).
"Estão querendo culpar o pai,
mas ele não tem nada a ver. Era
muito carinhoso com a menina.
Foi uma fatalidade, um trauma
na nossa vida", afirmou o avô.
Oliveira também defendeu a
madrasta, Anna Carolina Trota
Peixoto Jatobá, a quem classificou como uma pessoa bastante
carinhosa e que sempre levava
a menina para passear. "O relacionamento entre as famílias
era bom", complementou.
Horas depois do enterro, em
sua casa, a mãe de Isabella, Ana
Carolina Cunha de Oliveira, 23,
se mostrou solidária com o pai
da menina e descontente pela
forma como os jornalistas insistiram para que ele desse sua
versão. "Ele teve até que se esconder", afirmou ela.
Ainda bastante abalada, ela
evitou dar entrevistas.
"A menina adorava visitar a
casa do pai para brincar com
seus irmãos menores", disse o
tio Felipe Vicente Oliveira.
Enterro
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro da menina
na manhã de ontem. Durante o
cortejo, o pai e a mãe de Isabella ficaram um ao lado do outro.
A mãe segurava um bicho de
pelúcia azul que, segundo amigos, era o preferido da filha.
A Folha tentou ontem contato com o pai e a madrasta de
Isabella. No prédio onde moram, a informação era que eles
não estavam. Eles também não
atenderam o telefone.
A reportagem também tentou contato com o advogado do
casal, Ricardo Martins de São
José Júnior, 29, mas ele não foi
localizado nem respondeu aos
recados deixados no seu telefone celular.
(KT, LK e RP)
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