|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Companhia e advogado negam irregularidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O escritório Rubens Naves
e a Sabesp defendem a legalidade de seus contratos firmados sem concorrência sob
a justificativa de que os serviços prestados são singulares,
e não de conhecimento de
advogados comuns.
Citam como exemplo a cobrança de débitos de prefeituras que não querem pagar
pelo abastecimento da estatal. "Trabalho na área de saneamento desde os anos 70",
afirma Naves.
"O sucesso obtido pela
ação dos diversos escritórios
contratados em favor do interesse público gerido pela
companhia deve ser destacado", escreveu a estatal em
nota à Folha.
A Sabesp afirma que seus
contratos estão amparados
na lei, por serem serviços
técnicos especializados singulares. Diz que foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado.
O advogado Ricardo Penteado, que defende Rubens
Naves, diz que a afirmação
dos advogados da família de
Carlos Eduardo de Moraes
na ação movida por seu
cliente "não merece crédito"
e visa "desviar dos fatos de
que são acusados".
Ele nega qualquer interferência para manter os contratos e diz que prestava serviços à estatal tanto antes
como depois da presença de
Carlos Eduardo Doria Chaves na chefia de gabinete da
Sabesp (de 2001 a 2003).
Penteado afirma ainda que
as datas dos cheques depositados foram de período posterior a 2003, e que os valores podem se referir a quadros vendidos por Doria
Chaves e também a créditos
de um inventário familiar.
O advogado informou
também que a "pessoa que
assina não é a mesma que
decide" em relação aos contratos da Sabesp.
Doria Chaves negou, na
primeira entrevista, a possibilidade de ter recebido
qualquer valor, porque afirmava não ter mantido relação profissional com a família Moraes nem com Rubens
Naves na época.
Depois, deu versão semelhante à do advogado de Rubens Naves (citando os quadros e um inventário). Afirmou que não tinha poder para decidir sobre contratos na
estatal.
A Sabesp, em nota, não
quis se manifestar sobre as
afirmações da família Moraes, sob a justificativa de
que não tem conhecimento
do processo, mas informou
que segue a lei e que esse tipo
de contratação passa "por diversas instâncias internas na
empresa, em que foram produzidos pareceres inclusive
pelo corpo jurídico interno".
Texto Anterior: Sabesp mantém 5 contratos sem licitação Próximo Texto: Amazonas: Para Defesa Civil, enchente é desastre de grande intensidade Índice
|