São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009

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RICARDO MEGA DO REGO BARROS (1969-2009)

Fotógrafo, surfista e adestrador de cães

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ricardo Mega, fotógrafo que colaborou para a Folha em São José dos Campos (SP) no fim dos anos 90, foi abrir uma conta no banco, lembra o amigo e jornalista Isnar Teles. "Ele reclamava da falta de grana, e o gerente quis empurrar para ele um título de capitalização", conta.
Mega, como era conhecido, recusou a oferta. Não queria título nenhum; sua intenção era abrir uma simples conta no banco. Mas o gerente insistiu tanto, mas tanto, que Mega, para se ver livre, acabou aceitando. Foi aí que a sorte lhe deu as caras: levou uma bolada no sorteio, "algo como R$ 80 mil", diz Isnar.
Num avião para a Austrália, Mega partiu. Vidrado em surfe, foi fotografar o esporte e, naquele país, virou editor de uma revista especializada.
"Ele era extrovertido, atirado e impertinente, ótimas qualidades para um repórter-fotográfico", diz o amigo.
Nascido em Brasília, e filho de um coronel da Aeronáutica, Mega era, além de tudo, inquieto: morou no Rio, em Manaus, em SP e, por fim, em Florianópolis, onde trabalhou nos jornais locais.
Adorava cães (tinha cinco) e, recentemente, além de se dedicar às fotos, adestrava animais. Seu xodó era Iron, um pit bull que tinha havia dez anos, diz a mulher, Isabelle. Há cerca de dois meses, começou a ter problemas de movimento. Morreu sábado, aos 39, devido a uma infecção no cérebro, causada por vírus.
A missa de sétimo dia será hoje, às 18h15, na catedral metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina.

obituario@grupofolha.com.br


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