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RICARDO MEGA DO REGO BARROS (1969-2009)
Fotógrafo, surfista e adestrador de cães
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Ricardo Mega, fotógrafo
que colaborou para a Folha
em São José dos Campos (SP)
no fim dos anos 90, foi abrir
uma conta no banco, lembra
o amigo e jornalista Isnar Teles. "Ele reclamava da falta de
grana, e o gerente quis empurrar para ele um título de
capitalização", conta.
Mega, como era conhecido,
recusou a oferta. Não queria
título nenhum; sua intenção
era abrir uma simples conta
no banco. Mas o gerente insistiu tanto, mas tanto, que
Mega, para se ver livre, acabou aceitando. Foi aí que a
sorte lhe deu as caras: levou
uma bolada no sorteio, "algo
como R$ 80 mil", diz Isnar.
Num avião para a Austrália,
Mega partiu. Vidrado em surfe, foi fotografar o esporte e,
naquele país, virou editor de
uma revista especializada.
"Ele era extrovertido, atirado e impertinente, ótimas
qualidades para um repórter-fotográfico", diz o amigo.
Nascido em Brasília, e filho
de um coronel da Aeronáutica, Mega era, além de tudo,
inquieto: morou no Rio, em
Manaus, em SP e, por fim, em
Florianópolis, onde trabalhou nos jornais locais.
Adorava cães (tinha cinco)
e, recentemente, além de se
dedicar às fotos, adestrava
animais. Seu xodó era Iron,
um pit bull que tinha havia
dez anos, diz a mulher, Isabelle. Há cerca de dois meses,
começou a ter problemas de
movimento. Morreu sábado,
aos 39, devido a uma infecção
no cérebro, causada por vírus.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 18h15, na catedral
metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina.
obituario@grupofolha.com.br
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